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Metaprofissões: Como funcionam os trabalhos do metaverso no mundo real

15 mar 2022, 17:54 - atualizado em 15 mar 2022, 17:54
Metaverso
Com a expansão do metaverso, surgem também as metaprofissões (Imagem: Shutterstock/Black Salmon)

Metaverso, NFTs e criptomoedas. Você provavelmente já ouviu falar deles. Mas e as metaprofissões, você sabe o que elas são?

Se é seu primeiro contato com esse novo universo, calma. O metaverso é, em linhas gerais, um universo paralelo ao que conhecemos e que existe virtualmente.

Por ser como uma extensão do mundo real, ele é composto por características comuns a que já estamos habituados. Uma prova disso é que, recentemente, a rede de fast food mundialmente conhecida McDonald’s (MCDC34) começou a se mobilizar para operar no metaverso. 

Com esse e outros movimentos de empresas para participar desse novo universo, aumenta a demanda por mão de obra para construir e possibilitar essa nova forma virtual de levar a vida.

Pensando nisso, o Money Times conversou com Mauricio Conti, Engenheiro de Computação, founder do Simples ID, CPO wconnect, Conselheiro Administrativo e influenciador digital nas áreas Web3, Blockchain e NFT.

O especialista Mauricio Conti fala sobre as metaprofissões
O especialista Mauricio Conti fala sobre as metaprofissões (Imagem: Divulgação)

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Metaprofissões: o que são?

As metaprofissões nada mais são do que profissões ligadas ao metaverso. Mauricio Conti resume que “o metaverso é um universo paralelo ao nosso que muitas vezes vai ter características parecidas e diferentes”.

Mauricio, para exemplificar essas diferenças, cita que nesse novo universo existem possibilidades diferentes das do mundo real – como a de voar ou de ser rico, por exemplo. Essas possibilidades podem condizer ou não com o que acontece no mundo não meta.

A relação em paralelo entre o mundo como conhecemos e o mundo meta também ocorre para as profissões. O especialista explica que, no mercado financeiro, por exemplo, já existem os corretores de criptomoedas que desempenham um papel similar ao executado pelos corretores de ações.

O metaverso é para todos?

Antes de pensar nas possibilidades de carreira no metaverso, é necessário pensar na sua implementação. Mauricio ressalta que é importante analisar as questões como capacidade de processo dos computadores e banda larga, pois precisam comportar esse novo mundo.

O especialista sintetiza que, mesmo com os desafios que o Brasil enfrenta nesse sentido, como o acesso aos equipamentos e a qualidade da rede, o brasileiro gosta de tecnologia e é um usuário ativo na rede, o que pode ser uma vantagem nesse novo universo.

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Como ser um metaprofissional

Pensando no mercado de tecnologia de maneira geral, a lista “Empregos em alta em 2022” do LinkedIn revela os 25 cargos com alta demanda nos últimos cinco anos, mostrando o aquecimento do setor da tecnologia, que inclui o metaverso.  

Para criar a lista foram usados os dados do LinkedIn para estimar quais cargos tiveram demanda mais alta entre janeiro de 2017 e julho de 2021. Para serem incluídos, os cargos precisavam ter um crescimento consistente na base de usuários da rede, além de um aumento significativo em 2021.  

As cinco primeiras profissões listadas compreendem direta, ou, indiretamente algum cargo na área de tecnologia.  

Elas são, respectivamente: recrutador(a) especializado(a) em tecnologia, engenheiro(a) de confiabilidade de sites (ou Site Reliability Engineer – SRE), engenheiro(a) de dados (também conhecido como data engineer), especialista em cibersegurança e representante de desenvolvimento de negócios (ou business development representative).  

Para ser um metaprofissional, Mauricio afirma que ter conhecimentos em tecnologia, por ser uma profissão compreendida no virtual, não fará de você um profissional do metaverso, mas o que te impulsionará nesse meio será o conhecimento sobre esse universo ainda pouco conhecido.  

“Mesmo o pessoal que já está na área de tecnologia, tem muita gente que não entende dos temas relacionados a cripto, blockchain, metaverso… Então, é uma oportunidade para quem está de fora da área de tecnologia para entrar na área com o pé direito, ou seja, entrar em profissões que na verdade ninguém ainda sabe muito bem nem quais são nem seus requisitos necessários”, diz ele. 

Nesse sentido, profissões como arquiteto de edifícios virtuais existirão devido à venda de lotes de terrenos virtuais. Consequentemente, Mauricio explica que terá corretores imobiliários do metaverso. Logo, precisa de gente – uma rede para tocar o metaverso, como sintetiza o especialista.

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Metaprofissões terão ‘metasalários’?

Acompanhando os cargos, é possível pensar que os salários também serão virtuais. Com cada vez mais opções de criptomoedas e ativos, as possibilidades de “metasalários” se tornam possíveis.

Sobre isso, Mauricio acha complicado, pelo menos inicialmente, pois “você pode até receber em cripto, mas hoje em dia é difícil você consumir cripto”, ressalta ele.

Nova realidade, conselhos de sempre

Com altas demandas e poucos profissionais, Mauricio indica para quem quer iniciar uma carreira no metaverso estudar. Conselho clássico para muitas áreas do mercado de trabalho, mas que, para o especialista, é fundamental em uma área nova e ainda pouco explorada como a do metaverso.  

“Mergulhe de cabeça, porque não é um negócio que vai acontecer – já é algo que está acontecendo agora, nesse momento”, orienta ele.

Além disso, por ser uma área que segue, principalmente, o movimento internacional, Mauricio aconselha estudar inglês, pois muitos conteúdos e cursos sobre o metaverso são ainda nesse idioma.

Estagiária
Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
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Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
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