Política

MP instaura inquérito para apurar reforma no Palácio dos Bandeirantes

05 abr 2019, 6:33 - atualizado em 05 abr 2019, 6:37
Gestão dória gsastou R$ 2 milhões nas alterações do palácio dos bandeirantes (Secom – Governo de São Paulo)

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou inquérito para apurar mudanças feitas pela gestão do governador João Doria (PSDB) em móveis e pisos do Palácio dos Bandeirantes. O imóvel é parcialmente tombado. Foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões nas alterações.

O promotor de Justiça Carlos Henrique Prestes Camargo, da 1ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da capital, aponta, na portaria que deu início ao procedimento, que a remodelação e a redecoração feitas no local descaracterizaram móveis de madeira de lei, pisos e adornos, que foram pintados com tinta preta, incluindo brasões do estado de São Paulo.

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De acordo com o MP, o inquérito pretende determinar se o governo poderia modificar o mobiliário, o piso, as mesas e os demais bens sem a consulta de órgãos de preservação, tendo em vista que são itens de interesse histórico e artístico.

O promotor enviará ofício ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para que o órgão informe se teve conhecimento das alterações feitas no Palácio dos Bandeirantes, localizado no bairro Morumbi.

O Ministério Público informou ainda que a Promotoria de Justiça de Patrimônio Público também será acionada “para análise e adoção das medidas cabíveis com relação ao gasto de aproximadamente R$ 2 milhões em reformas e ações de redecoração desnecessárias”.

Ao lado esquerdo o prédio antes da reforma, ao lado direito o prédio depois da reforma (Imagem: Governo do Estado de São Paulo)

Outro lado

O governo paulista informou, por meio de nota, que, após 10 anos, foram feitas obras de manutenção corretiva no Palácio dos Bandeirantes. Foram listados serviços como “troca de forros e pisos, vidros e recuperação da elétrica e hidráulica das instalações, assim como pintura depois de relatório técnico apontar a necessidade de correção para a proteção do patrimônio público”.

A assessoria de imprensa do governo destaca ainda que “não houve nenhum prejuízo ou maculação de móveis ou bem histórico”. “Pelo contrário, o acervo do Palácio foi protegido e qualquer dano a obras de Tarsila Amaral, Brecheret, entre as 4 mil obras existentes, seria irreparável”, diz a nota.

O texto acrescenta também que a manutenção passou por avaliação e acompanhamento do Acervo Cultural e Artístico dos Palácios do Governo e que oferecerá todas as informações solicitadas pelo MP.

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