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Natura (NTCO3): Prejuízo mostra que ainda não é hora de comprar a ação; desafios devem persistir, diz Ativa

10 nov 2022, 11:09 - atualizado em 10 nov 2022, 12:35
Natura
Ativa tem recomendação segue neutra para NTCO3 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

As ações da Natura (NTCO3) caíam 8,45%, cotadas a R$ 12,03, na abertura do pregão desta quinta-feira (10), após a companhia divulgar um prejuízo de R$ 559,8 milhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22).

Segundo a Ativa Investimentos, a empresa reportou números fracos e abaixo das estimativas, refletindo um cenário de dificuldades no exterior e inflação impactando negativamente os custos.

No trimestre, as operações da marca Natura na América Latina e da Aesop foram pontos positivos.

“Ainda esperamos que a companhia enfrente um período desafiador no quesito rentabilidade com o consistente aumento nos preços dos principais insumos da companhia”, avaliam os analistas.

De acordo com os analistas, devido a fatores que fogem do controle da companhia, a recomendação segue neutra para NTCO3.

Natura: 3T22 fraco

No Brasil, a receita líquida da Natura subiu 19,3% no trimestre, impulsionado pela contínua aceleração das vendas das consultoras. Na América latina, a receita líquida cresceu 0,3%, impulsionado principalmente pela Argentina e Colômbia.

Na Avon, a receita na América Latina caiu 4,1% e, no Brasil, a receita melhorou sequencialmente, porém, ainda apresentou queda de 1,4%. Na Avon International, a receita líquida caiu 19,8%, ainda impactada pelo conflito na Ucrânia.

A marca The Body Shop viu a receita líquida cair 29,8%. “Mesmo apresentando crescimento nas vendas em lojas (+7,7%), a inflação ainda impacta suas vendas e o crescimento se mostra mais devagar do que o esperado pela empresa”, avaliam.

A Aesop teve alta da receita, de 8,9%, com crescimento de dois dígitos em todas as regiões, exceto Europa que cresceu um dígito, mesmo com dificuldades macroeconômicas. Mesmo com crescimento na receita, a margem Ebitda apresentou queda de 2,8%, impactada pelos investimentos feitos para expandir suas operações para a China e em tecnologia e cadeia de suprimentos.

Do lado digital, as vendas (e-commerce + social selling + apps) alcançaram 50,1% da receita total, ganhando participação na comparação anual, impactada pelo crescimento nas vendas digitais da Natura e da Avon.

Já em rentabilidade, a margem bruta consolidada foi de 64,1%, impactada pela pressão sofrida em nas marcas. A margem Ebitda foi de 6,5%, impactada pela inflação que reflete nos preços dos insumos.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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