Dólar

O empurrãozinho que falta para o dólar cair abaixo de R$ 4,70

27 jul 2023, 16:24 - atualizado em 28 jul 2023, 8:01
Dólar
Dólar belisca os R$ 4,70, menor patamar desde abril de 2022; mas o que falta para firmar-se abaixo disso? (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

dólar à vista renovou nesta quinta-feira (27) mais uma mínima recorde, chegando aos R$ 4,70 pela primeira vez desde abril de 2022 na esteira do bom humor que prevalece no mercado doméstico.

A desvalorização da moeda norte-americana ainda reflete a elevação da nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch. A nota passou de “BB-” para “BB”, com perspectiva estável. Além disso, reage à decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de voltar a elevar a taxa de juros nos Estados Unidos.

Desde que o dólar rompeu os R$ 5,00, em abril, analistas do mercado financeiro e economistas preveem que, em algum momento, a moeda ficará abaixo de R$ 4,70. Apesar da beliscada nesse patamar no pregão de hoje, qual é o empurrãozinho que falta para a divisa estrangeira ficar abaixo desse nível?

  • Próxima parada, dólar em R$ 3,72? Trader lendário que acertou movimento da moeda americana em 2022, aposta ‘a alma’ em nova operação que pode render até R$ 24.288 para brasileiros; leia mais aqui

O que mais falta para um dólar abaixo de R$ 4,70

O sócio-diretor da Pronto Invest, Vanei Nagem, prevê que, em breve, a moeda irá para R$ 4,65 em meio à forte entrada de investidor estrangeiro na Bolsa brasileira. “As coisas estão clareando no mundo inteiro. O dólar ainda poderá beliscar o R$ 4,60”, comenta.

O gerente da mesa de operações do banco de câmbio StoneX, Marcio Riauba, avalia que há vários fatores pela frente e que podem resultar nesse novo patamar.

“Essa nova tendência de arrefecimento da inflação global e a contínua flexibilização da taxa de juros nos Estados Unidos e na Europa refletem em migração de um fluxo para a B3, o que beneficia o real“, avalia.

Ele acredita que os desdobramentos em torno da inflação e dos juros podem ser esse empurrãozinho que falta para novas quedas da taxa de câmbio.

Na semana que vem, é a vez do Banco Central brasileiro definir se iniciará ou não o ciclo de corte da taxa Selic. A expectativa do mercado financeiro doméstico é de redução em 0,25 ou 0,50 ponto percentual (p.p.). Em agosto, faz um ano que a Selic está em 13,75% ao ano.

“O Brasil cortará os juros em conta gota. De todo modo, o mercado é positivo”, comenta Nagem. Em contrapartida, Riauba diz que não está “tão otimista assim”. Porém, ele acredita que fatores como inflação e juros lá fora podem ajudar o dólar a romper os R$ 4,70. “Mas tudo depende. Tem um horizonte benéfico para o real no curto prazo”, reforça.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
Linkedin
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.