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O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias desta tarde

26 fev 2021, 13:10 - atualizado em 26 fev 2021, 13:10
Mercados Ações
Veja os destaques desta tarde (Imagem: Reuters/Regis Duvignau)

1. Ibovespa caminha para nova perda semanal com Treasuries e Brasília no radar

Ibovespa não mostrava uma direção firme nesta sexta-feira, com uma bateria de resultados corporativos no radar, e caminhava para nova queda na semana, marcada por preocupações com o movimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, além de receios fiscais e políticos no Brasil.

Às 13h, o Ibovespa caía 0,72%, a 111.452,62 pontos. O volume financeiro somava 9,6 bilhões de reais.

Na semana, o Ibovespa perdia 5,56%, acumulando a terceira queda semanal consecutiva, infligindo um declínio de 2,8% em fevereiro.

No segmento Bovespa, o saldo de estrangeiros estava negativo em 4,6 bilhões de reais em fevereiro até o dia 23, de acordo com os dados mais recentes disponibilizados pela B3. O dado não inclui o fluxo para IPO e follow on.

A equipe da XP Investimentos destacou em nota a clientes que as atenções continuam voltadas para o aumento dos juros das Treasuries e para os novos estímulos fiscais que estão para ser implementados em diversas economias. Em Wall Street, o S&P 500 oscilava ao redor da estabilidade.

No Brasil, a resistência a medidas de ajuste fiscal e à desvinculação de receitas da saúde e da educação adiou a leitura do parecer da PEC Emergencial para a próxima terça-feira, corroborando um cenário de dificuldades que o texto da PEC deve enfrentar no Parlamento.

2. Após tumulto com Petrobras, investidores reavaliam exposição a estatais de mercados emergentes

O anúncio sobre a troca de comando da Petrobras (PETR4) desencadeou uma reação negativa a outros ativos financeiros brasileiros, mas também pode fazer investidores globais a repensarem sua exposição de mais de 1 trilhão de dólares a empresas controladas por governos em mercados emergentes.

Da chinesa Exim Bank à gigante mexicana do petróleo Pemex e à prestadora de serviço sul-africana Eskom, empresas controladas total ou parcialmente por governos respondem por metade do mercado de 2,4 trilhões de dólares da dívida corporativa em mercados emergentes.

Normalmente, tais empreendimentos estatais (SOEs, na sigla em inglês) têm muita procura de investidores, primeiramente porque seus títulos têm uma rentabilidade maior do que a dívida soberana, e em segundo lugar por causa da percepção do amparo estatal.

Mas o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter indicado o general Joaquim Silva e Luna para assumir os cargos de conselheiro e presidente da Petrobras após o encerramento do mandato do atual CEO da companhia, Roberto Castello Branco, “lembra os investidores do risco inerente de se investir em SOEs ou quase-soberanos”, disse Eric Ollom, chefe de estratégia de dívida corporativa para mercados emergentes do Citi.

As ações da Petrobras despencaram, perdendo cerca de 100 bilhões de reais de valor de mercado em apenas dois dias, e seus títulos enfraqueceram Bolsonaro fazer o anúncio nas redes socais na esteira de discussões sobre a política de preços dos combustíveis no Brasil.

Empresas de energia e serviços de utilidade pública, como saneamento básico, podem estar sujeitas a diretivas de precificação de motivação política, e os registros financeiros e a produtividade podem ficar aquém dos vistos no setor privado.

A rentabilidade pode perder terreno para prioridades políticas, como criar empregos ou vencer eleições.

“Acima de tudo, os investidores precisam perceber e entender onde esta SOE se encaixa na pauta do panorama político e socioeconômico do país… sua importância social como empregador ou contribuinte do orçamento”, disse Sergey Dergachev, gestor de fundos da Union Investment.

3. Gastos do consumidor dos EUA se recuperam em janeiro

Os gastos do consumidor dos Estados Unidos tiveram a maior alta em sete meses em janeiro, com o governo distribuindo dinheiro adicional para alívio para famílias de baixa renda, em resposta à pandemia, enquanto novas infecções por Covid-19 caíram, preparando a economia para um crescimento mais rápido no primeiro trimestre.

Apesar da forte recuperação nos gastos do consumidor relatada pelo Departamento de Comércio nesta sexta-feira, as pressões sobre os preços tiveram pouca alteração.

inflação está sendo observada de perto em meio a preocupações de que o pacote de recuperação proposto pelo presidente Joe Biden, de 1,9 trilhão de dólares, possa causar um superaquecimento da economia.

O plano, que está em análise no Congresso dos EUA, somaria-se a um pacote de resgate de quase 900 bilhões de dólares aprovado pelo governo norte-americano no final de dezembro.

O chair do Federal ReserveJerome Powell, minimizou temores de inflação, citando três décadas de preços mais baixos ou estáveis.

Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, subiram 2,4% no mês passado. Esse foi o maior ganho desde junho passado e veio após duas quedas mensais consecutivas. A renda pessoal disparou 10%, maior aumento desde abril passado, após alta de 0,6% em dezembro.

4. Clima econômico melhora no Brasil no primeiro trimestre, diz FGV

O Indicador de Clima Econômico do Brasil subiu 5,1 pontos do último trimestre de 2020 para o primeiro trimestre deste ano e chegou a 72,3 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.

O dado, que reflete a opinião de especialistas em economia do país, foi divulgado hoje (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

No primeiro trimestre deste ano, o clima econômico chegou ao maior patamar desde o primeiro trimestre de 2020 (98 pontos), mas ainda está abaixo da média dos últimos dez anos (77,8 pontos).

5. China estenderá prazo de isenções tarifárias para 65 produtos dos EUA

Ministério das Finanças da China informou nesta sexta-feira que estenderá as isenções tarifárias para 65 produtos importados dos Estados Unidos, incluindo equipamentos e peças de aeronaves.

A extensão, que entra em vigor em 28 de fevereiro, vai durar até 16 de setembro de 2021, disse o ministério.

Os produtos receberam isenções de tarifas em meio a retaliações da China a produtos americanos.

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