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O que fazer quando imóveis vão à leilão? Veja dicas

15 jul 2023, 8:00 - atualizado em 14 jul 2023, 14:09
Radar de imóveis arte
O Money Times reúne as principais notícias da semana do setor de imóveis e de fundos imobiliários (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

Um dos sonhos do brasileiro sempre foi ter a casa própria. Em meio à desigualdade social do país, boa parte da população levou ou leva décadas para quitar o seu imóvel, já que é um patrimônio caro e que demanda um financiamento longo.

Nesta semana, uma atriz que já foi do horário nobre da TV Globo perdeu a sua casa, no Rio de Janeiro, em um leilão. Guta Stresser, conhecida pela personagem Bebel em “A Grande Família”, revelou que não conseguiu pagar o financiamento e ele foi arrematado por pouco mais de R$ 1 milhão.

A atriz não foi a primeira e nem será a última proprietária a perder o empreendimento. Nesses casos, o que fazer? O especialista de leilão de imóveis, Pedro Gomide, diz que uma propriedade vai à essa instância para o pagamento forçado de dívidas.

“O devedor é notificado sobre o atraso e tem prazo para regularizar a dívida. Caso isso não seja feito, o banco consolida a propriedade do imóvel e leva a leilão. Daí, o devedor já não pode mais pagar parcelas em atraso. Mas pode quitar toda a dívida até data previamente estipulada. Desta forma, seria feita uma recompra do bem”, explica.

Porém, quando um imóvel chega a ser penhorado pela justiça, o proprietário pode recorrer da decisão consultando um advogado que analisará o caso.

“O banco deve notificar o credor a partir do terceiro mês seguido de parcelas atrasadas. A não comunicação de tal atraso antes da consolidação, assim como a não comunicação das datas do leilão, são razões para nulidade ou suspensão da operação”, esclarece Gomide. O banco também precisa cumprir com alguns prazos pré-estabelecidos entre a notificação e a consolidação do imóvel para venda.

Nesta semana, outros assuntos movimentaram o setor de imóveis e os fundos imobiliários que podem impactar seus investimentos e em suas finanças. Veja outros destaques:

3, 2, 1… valendo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta semana a lei que recria o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que passou a se chamar Casa Verde e Amarela durante o governo de Jair Bolsonaro. O plano do atual governo é contratar mais 2 milhões de moradias pelo programa, relançado em fevereiro.

Além disso, as novas regras do MCMV estão em vigor, sendo uma delas, a elevação do teto de financiamento de imóveis para R$ 350 mil.

Contudo, o novo Minha Casa, Minha Vida tem potencial de aumentar a conta de luz em até R$ 1 bilhão ao ano, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na Medida Provisória que recria o programa, há trechos que impactariam os preços. Um deles é a instalação de painéis solares nos imóveis do programa.

Custo da construção civil não dá trégua

O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) segue em alta e acelerou em junho para +0,39%, ante alta de 0,36% em maio. Entretanto, nos últimos 12 meses até o mês passado, o indicador avançou 4,82%, abaixo da alta de 6,13% vista até o quinto mês de 2023, segundo o IBGE.

Fundo imobiliário coloca mais dinheiro na mesa para levar galpões logísticos

O fundo imobiliário CSHG Logística (HGLG11) ajustou o preço e a forma de pagamento da oferta de compra de todos os ativos do FII GTis Brazil Logistics (GTLG11). A operação foi anunciada em março deste ano.

O fundo gerido pelo Credit Suisse enviou na semana passada uma nova proposta ao GTLG11, com valor adicional de R$ 3,3 milhões. Sendo assim, o valor de compra de todos os ativos fica perto de R$ 1,38 bilhão. A proposta envolve a compra de quatro centros de distribuição na grande São Paulo.

Construtoras têm 2º trimestre promissor

Nesta semana, algumas das principais construtoras e incorporadoras listadas na Bolsa brasileira divulgaram prévias operacionais do segundo trimestre deste ano. Os resultados iniciais mostraram que abril a junho foi um período promissor.

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As vendas líquidas da Cyrela (CYRE3) somaram R$ 2,49 bilhões, alta de 53,6% na base anual. Já o valor geral de vendas (VGV) de lançamentos foi de R$ 3,51 bilhões, avanço de 51,1% na mesma base de comparação. A  Tenda (TEND3) viu suas vendas líquidas subirem 31% no segundo trimestre, para R$ 732 milhões. Já os lançamentos somaram VGV de R$ 931,4 milhões, alta de 21% ante o ano anterior.

A Direcional (DIRR3) fechou o período com VGV lançado de R$ 1,45 bilhão, salto de 84,3% ante um ano antes. Já as vendas líquidas atingiram R$ 962,5 milhões, crescimento de 15,2% no comparativo anual. Por sua vez, a Cury (CURY3) vendeu R$ 1,19 bilhão, avanço de 33% ante abril a junho de 2022. Enquanto o VGV lançado foi de R$ 1,22 bilhão, subindo 15,7% em relação ao ano anterior.

Leilões de imóveis

O banco Inter fará no dia 19, às 15h, o leilão de cinco imóveis residenciais, com lances a partir de R$ 105 mil. As propriedades ficam em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Fortaleza. A operação será em parceria com a Leiloei e os lances poderão ser dados na plataforma Mercado Bomvalor.

Enquanto a Zuk Leilões fará a venda de um apartamento com valor 50% abaixo do mercado. O imóvel de dois dormitórios fica no “Copanzinho”, prédio icônico no centro da cidade de São Paulo. O leilão será em 25 de julho, a partir das 13h.

O lance mínimo será de R$ 224 mil. O apartamento fica no sexto andar do Edifício Racy e tem 90,7 metros quadrados de área útil e 113,7 de área total. As informações do leilão estão disponíveis no site da Zuk.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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