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Oi (OIBR3): Veja 7 argumentos da empresa para pedir uma nova recuperação judicial

01 fev 2023, 23:46 - atualizado em 01 fev 2023, 23:46
Oi (OIBR3;OIBR4) segunda recuperação judicial pedido liminar proteção credores dívida R$ 600 milhões 01 fevereiro 2023
Fala que te escuto: Oi (OIBR3) afirma que, sem proteção, será obrigada a pagar uma dívida bilionária antecipadamente (Imagem: Gustavo Gomes/Bloomberg)

Pouco mais de um mês após sair de sua primeira recuperação judicial, a Oi (OIBR3) apresentou à Justiça do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (01), um pedido de liminar que a proteja preventivamente dos credores, “em razão do iminente risco de dano irreparável” às suas operações. Na petição, a Oi afirma que a proteção é necessária até que protocole um novo pedido de recuperação judicial.

Segundo documentos a que o Money Times teve acesso, a companhia apresenta vários argumentos para convencer a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro a conceder a liminar. Em linhas gerais, a Oi afirma que não tem condições de quitar compromissos que vencerão no próximo dia 05 de fevereiro, e que totalizam R$ 600 milhões.

Oi (OIBR3): Risco de credores cobrarem R$ 29 bilhões antecipadamente

Caso a Justiça não conceda a “tutela de urgência cautelar em caráter antecedente, preparatória de processo de recuperação judicial”, a empresa alega que o não pagamento dessas obrigações dará direito aos credores de exigirem a quitação antecipada da maior parte de uma dívida total de R$ 29 bilhões.

Veja, a seguir, os principais argumentos apresentados pela Oi para se proteger dos credores até que apresente um novo pedido de recuperação judicial:

Preservar as atividades: a Oi afirma que a concessão da proteção cautelar lhe permitirá manter as operações até que a nova recuperação judicial seja apresentada;

Fatores “imprevisíveis” e fora de controle: a companhia alega que, desde o fim da primeira recuperação judicial, em dezembro, diversos fatores “imprevisíveis e não controláveis” afetaram seu desempenho;

Estrutura de capital “insustentável”: a OIBR3 acrescenta que, “apesar do inquestionável sucesso” da primeira recuperação judicial, sua estrutura de capital continua “insustentável”, com R$ 29 bilhões em dívidas financeiras junto a bancos e detentores de títulos privados de dívida. Para piorar, metade desses compromissos é atrelada ao dólar;

Regulação do setor atrapalha: a empresa argumenta, ainda, que aguarda mudanças na regulação do setor de telecomunicações, com as quais já contava nos cenários traçados para levantar a primeira recuperação judicial. A companhia se queixa, contudo, de que parte das alterações não aconteceu, e o restante caminha lentamente;

Falta de acordo com os credores: a Oi afirma que, antes de pedir novamente proteção judicial, tentou negociar com os credores para melhorar o perfil da dívida, mas sem resultados;

Sem dinheiro: a empresa acrescenta que, no próximo dia 05 de fevereiro, está previsto o vencimento de obrigações que totalizam R$ 600 milhões, incluindo US$ 82 milhões de juros devidos aos detentores de bonds. A empresa, contudo, afirma não ter condições de quitar esses compromissos;

Gatilho para cobrança: o não pagamento dos R$ 600 milhões acarretará a obrigação de quitar, antecipadamente, a maior parte dos R$ 29 bilhões em dívidas com bancos e detentores de títulos da empresa, o que inviabilizaria a sobrevivência da Oi.

 

 

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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