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Pão de Açúcar desaba 7,4% após resultado fraco no 2º trimestre

29 jul 2021, 17:56 - atualizado em 29 jul 2021, 17:56
Pão de Açúcar
O grupo considerou o período “atípico” e espera uma recuperação gradual ao longo do terceiro trimestre (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) desabaram 7,4% nesta quinta-feira (29).

A baixa veio após a empresa quase zerar o lucro no segundo trimestre, citando efeitos de restrições ao funcionamento de lojas com o repique da Covid-19.

O grupo considerou o período “atípico” e espera uma recuperação gradual ao longo do terceiro trimestre.

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda de 0,48%, a 125.675,33 pontos, nesta quinta-feira, em sessão dominada pela temporada de resultados de empresas, entre elas Vale (VALE3), GPA (PCAR3), Multiplan (MULT3) e Ambev (ABVE3).

Resultado foi fraco, mas um ponto chama a atenção

Apesar das cifras, os analistas ainda enxergam um gatilho importante para a empresa: o forte desempenho no e-commerce.

“O caminho para um digital por meio de um ecossistema de varejo forte em alimentos deverá ser um possível catalisador de crescimento para da companhia”, aponta o analista da Ativa Investimentos Pedro Serra.

O segmento digital teve alta de 38% ante o primeiro trimestre – que já possuía forte base de comparação. Além disso, a participação do online nas vendas totais de alimentos atingiu 8,2%.

Na rentabilidade, a companhia – por conta de uma melhora na diluição dos custos em GPA Brasil – apresentou uma margem Ebitda 0,5 ponto percentual, melhor que as expectativas da Ativa Investimentos.

Itaú BBA lembra que a receita líquida foi prejudicada pela difícil base de comparação, com vendas em mesmas lojas (SSS) caindo 10,5%, embora parcialmente compensado por aumento de 32% nas vendas digitais e o bom desempenho da bandeira de Proximidade.

“Apesar do progresso na implementação de vários das iniciativas de recuperação estratégica da empresa, os resultados foram afetados negativamente por composições difíceis, fechamentos de lojas e limitações de capacidade das lojas físicas no segundo trimestre”, pontua.

Na visão da Ágora Investimentos, embora o GPA tenha enfrentado uma base difícil, o desempenho da receita é decepcionante, com apenas 4% de crescimento de SSS em dois anos.

“Isso está bem abaixo das taxas de crescimento observadas pelos varejistas Cash & Carry, que estão entregando números de crescimento de 2 anos em torno da marca de 20%”, afirma.

Além disso, a corretora diz que está cética sobre até que ponto o crescimento das vendas online é incremental ou simplesmente substituindo um canal por outro.

Já para a XP, mesmo com uma rentabilidade acima da estimativa, isso foi mais que compensado por uma pior rentabilidade no Grupo Éxito, levando a um Ebitda consolidado 4% abaixo dos cálculos da corretora.

“Apesar de termos uma visão positiva em relação às iniciativas do Grupo Pão de Açúcar e vermos riscos positivos para o papel, acreditamos que parte disso já está refletido no nível de valuation atual, em 27x P/L 2021e, enquanto vemos desafios para que a venda da participação da Cnova seja concretizada no curto prazo”, completa.

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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