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Pão de Açúcar tem resultados fracos no 2° tri, mas um ponto chamou a atenção de analistas

29 jul 2021, 17:13 - atualizado em 29 jul 2021, 17:24
Pão de Açúcar
O grupo controlado pelo francês Casino teve lucro líquido consolidado de R$ 4 milhões no período, queda de 95,9% ante um ano antes. (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

O Pão de Açúcar (PCAR3) reportou resultados fracos em um trimestre marcado pelas restrições da Covid e de protestos na Colômbia, onde opera por meio do Grupo Éxito.

O grupo controlado pelo francês Casino teve lucro líquido consolidado de R$ 4 milhões no período, queda de 95,9% ante um ano antes.

Apesar das cifras, os analistas ainda enxergam um gatilho importante para a empresa: o forte desempenho no e-commerce.

“O caminho para um digital por meio de um ecossistema de varejo forte em alimentos deverá ser um possível catalisador de crescimento para da companhia”, aponta o analista da Ativa Investimentos Pedro Serra.

O segmento digital teve alta de 38% ante o primeiro trimestre – que já possuía forte base de comparação.

Além disso, a participação do online nas vendas totais de alimentos atingiu 8,2%.

Na rentabilidade, a companhia – por conta de uma melhora na diluição dos custos em GPA Brasil – apresentou uma margem Ebitda 0,5 ponto percentual, melhor que as expectativas da Ativa Investimentos.

O Itaú BBA lembra que a receita líquida foi prejudicada pela difícil base de comparação, com vendas em mesmas lojas (SSS) caindo 10,5%, embora parcialmente compensado por aumento de 32% nas vendas digitais e o bom desempenho da bandeira de Proximidade.

“Apesar do progresso na implementação de vários das iniciativas de recuperação estratégica da empresa, os resultados foram afetados negativamente por composições difíceis, fechamentos de lojas e limitações de capacidade das lojas físicas no segundo trimestre”, pontua.

Na visão da Ágora Investimentos, embora o GPA tenha enfrentado uma base difícil, o desempenho da receita é decepcionante, com apenas 4% de crescimento de SSS em dois anos.

“Isso está bem abaixo das taxas de crescimento observadas pelos varejistas Cash & Carry, que estão entregando números de crescimento de 2 anos em torno da marca de 20%”, afirma.

Além disso, a corretora diz que está cética sobre até que ponto o crescimento das vendas online é incremental ou simplesmente substituindo um canal por outro.

Já para a XP, mesmo com uma rentabilidade acima da estimativa, isso foi mais que compensado por uma pior rentabilidade no Grupo Éxito, levando a um Ebitda consolidado 4% abaixo dos cálculos da corretora.

“Apesar de termos uma visão positiva em relação às iniciativas do Grupo Pão de Açúcar e vermos riscos positivos para o papel, acreditamos que parte disso já está refletido no nível de valuation atual, em 27x P/L 2021e, enquanto vemos desafios para que a venda da participação da Cnova seja concretizada no curto prazo”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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