Brasil

Petrobras: Com a indicação de Caio de Andrade, estatal caminha para seu quarto presidente no governo Bolsonaro

24 maio 2022, 15:47 - atualizado em 24 maio 2022, 15:50
Caio de Andrade Petrobras
Atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio de Andrade, irá assumir a presidência da Petrobras (Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

O Ministério de Minas e Energia anunciou na noite da última segunda-feira (23) que irá trocar pela terceira vez o presidente da Petrobras (PETR3; PETR4). Caio de Andrade, atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, assume a estatal no lugar de José Mauro Coelho, que permaneceu apenas 40 dias no cargo.

Com a mudança, o governo federal, que é acionista controlador da Petrobras, caminha para indicação de seu quarto presidente para a empresa.

Confira quem foram os presidentes da estatal até o momento:

Roberto Castello Branco (03/01/2019 – 19/04/2021)

Indicado logo após as eleições de 2018, Roberto Castello Branco assumiu a Petrobras prometendo menor intervenção do Estado na economia e tecendo duras críticas a existência de monopólios na indústria de óleo e gás brasileira.

Com pouco mais de dois anos ocupando a presidência, Castello Branco foi demitido devido a insatisfações do governo com sua gestão e as sucessivas altas no preço dos combustíveis.

Roberto Castello Branco Petrobras
Castello Branco foi o primeiro presidente da estatal durante o governo Bolsonaro (Imagem: Wikimedia Commnons)

Joaquim Silva e Luna (19/04/2021 – 28/03/2022)

O general da reserva Joaquim Silva e Luna assumiu a Petrobras prometendo que a empresa, em sua gestão, seria marcada pela “previsibilidade” sem abandonar a paridade internacional adotada pela política de preços da estatal em 2016. Apesar de apresentar reajustes mais temporários que seu antecessor, Silva e Luna acabou sendo retirado da presidência com menos de um ano no cargo. O motivo: A escalada nos preços dos combustíveis, novamente.

Joaquim Silva e Luna Petrobras
Silva e Luna foi indicado para presidência da Petrobras como tentativa de solucionar a alta nos preços dos combustíveis (Imagem: Palácio do Planalto/Isac Nóbrega/PR)

José Mauro Ferreira Coelho (14/04/2022 – 24/05/2022)

Terceira opção do governo federal, José Mauro Coelho assumiu a liderança da Petrobras após a recusa de Rodolfo Landim e Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Em tom apaziguador, Coelho não prometeu reduções significativas no preço dos combustíveis durante sua gestão, mas se referiu diretamente a redução das dívidas da estatal, além de melhorias na comunicação.

José Mauro Coelho Petrobras
Coelho foi indicado para liderar a Petrobras após a recusa de outros dois executivos, Rodolfo Landim e Adriano Pires (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A demissão do presidente da Petrobras não foi esclarecida por Bolsonaro ou Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia, até o momento. Em nota, o ministério agradeceu pelo trabalho de Coelho e atribuiu a troca da gestão da empresa ao “momento desafiador” gerado pela “extrema volatilidade dos hidrocarbonetos nos mercados internacionais”.

A Petrobras recebeu o ofício na noite de ontem solicitando a eleição de Caio de Andrade como membro do Conselho de Administração da empresa, além de uma Assembleia Geral Extraordinária para posterior eleição do executivo como novo presidente da organização.

*Com informações de Agência Brasil

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Estagiário
Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
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Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
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