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Petrobras (PETR4): Maior intervenção política na estatal pode reduzir crescimento econômico do Brasil

22 jun 2022, 9:59 - atualizado em 22 jun 2022, 9:59
Petrobras
Petrobras é somente “ponta do iceberg”, segundo Genial (Imagem: Bloomberg)

Para a Genial Investimentos, os recentes episódios envolvendo a Petrobras (PETR3; PETR4) são apenas “a ponta do iceberg” de uma série de decisões do governo que visam modificar a precificação dos combustíveis na estatal — o que pode acabar saindo pela culatra.

“Este episódio envolvendo a Petrobras é paradigmático. Ele mostra que o governo, apesar de ser o sócio controlador da empresa, não tem poder de interferir diretamente em suas políticas internas. As empresas de capital aberto, com ações negociadas nas bolsas de valores no Brasil e no exterior, precisam obedecer a restrições impostas por regulações do mercado de capitais, de seus estatutos e, no caso de empresas com participação do governo, da Lei das Estatais, aprovada no governo Temer”, explicam os analistas da corretora.

Apesar de a casa de investimentos entender que “com esta regulação mais rígida, cria-se um impasse de difícil solução” e que “por um lado, segundo os dirigentes políticos, as empresas de economia mistas deveriam ter um objetivo social”, as declarações de Bolsonaro sobre uma eventual CPI para investigar a conduta dos diretores da empresa, a renúncia do Presidente da Petrobras que deverá agilizar a posse do novo presidente já nomeado, aparentemente acalmou, mas não resolveu, a situação.

Mas isso não é tudo.

Segundo a Genial, “como empresas com sócios minoritários privados, ações nas bolsas de valores, deveriam ter por objetivo a maximização dos lucros”.

“Nem sempre estes dois objetivos são compatíveis entre si. Mudar a Lei das Estatais para facilitar a intervenção política nestas empresas será uma medida extremamente negativa para a atração de investimentos privados, desvalorização cambial, pressão inflacionária e redução do crescimento da economia. O episódio da Petrobras é só a ponta deste iceberg”, afirma a análise.

A Genial mantém as ações da PETR4 em revisão. Recentemente, em relatório enviado para clientes, a corretora afirmou que “partindo do princípio de que o período sem reajustes já é um dos maiores que a empresa enfrentou, possíveis postergações ou demoras na aprovação pelo congresso e sanção presidencial iria postergar ainda mais os reajustes e seguir pressionando o caixa da empresa”.

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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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