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Petrobras (PETR4) não vale ‘compra’, avalia Ativa; analista vê opção mais atraente

26 jan 2023, 19:47 - atualizado em 26 jan 2023, 19:47
Petrobras
Recomendação “neutro” da Ativa foi reafirmada para a Petrobras (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Ativa Investimentos atualizou os preços-alvo de duas ações do setor de óleo e gás, mas seguiu com recomendações diferentes para elas.

A recomendação “neutro” foi reafirmada para a Petrobras (PETR4), que ganhou preço-alvo de R$ 28. Ilan Arbetman, analista responsável pelo relatório desta quinta-feira (26), cita os riscos do novo governo, que tem a intenção de diminuir a remuneração aos acionistas da companhia para financiar um plano com foco maior em investimentos.

O analista também levanta o risco de mudança da atual política de preços de derivados da companhia. Ele não descarta alteração por completo da execução atual da política de preços (potencialmente, não atrelando mais à paridade de preços internacionais de importação), mas acredita que Jean Paul Prates, eleito novo CEO da Petrobras, optará por uma solução intermediária, como um fundo de estabilização para momentos de maior volatilidade do barril do petróleo.

“Com o orçamento enxuto para 2023 e, assim, dependendo do resultado das estatais, acreditamos que o governo estaria disposto a ponderar ou ao menos espaçar as mudanças a serem promovidas na empresa”, avalia Arbetman.

A Ativa acha, no entanto, que as mudanças levarão a menor eficiência operacional, menor fluxo de caixa livre e, consequentemente, menos dividendos.

“Acreditamos que o desconto que as ações da empresa apresenta perante os pares deve, ao menos, se manter próximo ao atual”, completa Arbetman.

O analista avalia que mudanças relativamente grandes na governança vindas com alterações no estatuto ou na Lei das Estatais podem “contribuir para a perpetuação do desconto das ações da empresa perante os pares”.

A petroleira com “compra”

A Ativa reiterou a recomendação de “compra” para a PRIO (PRIO3), enxergando na empresa um “player ideal” para surfar as perspectivas positivas para o setor (mercado apertado, reabertura chinesa e atuação proativa da Opep para buscar um equilíbrio de mercado sob um nível de preços que considera positivo).

Além disso, a corretora acredita que o aumento da produção no futuro, oriundo de Albacora Leste, Wahoo e
Frade, não está totalmente precificado.

“Vemos os papéis de PRIO ainda não tendo incorporado os benefícios da aquisição do Campo de Albacora Leste, o êxito da revitalização de Frade (que ainda pode ser majorado), a possibilidade de unitização de Arapuçá com Roncador e Itaipu com Parque das Baleias, bem como, em paralelo, a ocorrência de novos M&As (fusões e aquisições)”, diz Arbetman.

A Ativa diz ainda que ficou satisfeita com o fim das tratativas entre a PRIO e a Petrobras para a aquisição de Albacora Oeste.

“Entendemos que a racionalidade da operação deve vir acima de qualquer outro aspecto e acreditamos que, no momento, a companhia pode vislumbrar outras oportunidades de M&A no mercado”, defende Arbetman.

O preço-alvo que a corretora tem para PRIO é de R$ 46.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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