Política

Por que a Faria Lima resiste ao nome de Haddad à frente da equipe econômica

09 dez 2022, 9:18 - atualizado em 09 dez 2022, 10:28
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Receio do mercado financeiro é de que Haddad como ministro não seja capaz de encampar embate contra Lula, caso seja aconselhado, por razões técnicas (Imagem: Divulgação/PT)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar na manhã desta sexta-feira (9) os primeiros nomes dos escolhidos para comandar alguns ministérios em seu terceiro mandato. Entre eles, a expectativa é de que estará o de Fernando Haddad à frente da equipe econômica. 

Embora não espere surpresas, o mercado mandou recado a Lula e deu todos os sinais de que preferiria outro nome. O petista, por sua vez, deu bastante tempo ao mercado para se adaptar a Haddad na Fazenda. Afinal, mais do que uma simples escolha de ministro, o Lula está apostando em seu sucessor em 2026.

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“É público e notório o esforço de Lula em empoderar Haddad e fazer deste seu sucessor direto já em 2026, uma vez que a idade avançada do presidente [eleito] deve frustrar a perspectiva de um segundo mandato”, explicou André Perfeito, economista com passagem na chefia de grandes corretoras no Brasil, como Necton e Gradual

Faria Lima resiste a Haddad

Mas por que a Faria Lima resiste tanto ao nome de Haddad no comando da equipe econômica?

“O nome de Haddad para Fazenda traz alguns questionamentos sobre a ‘autonomia’ que o mesmo teria frente ao Lula”, explica o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez. 

Para ele, por mais que seja evidente que não há como um ministro da Fazenda fazer algo que o presidente da República não quer, a dúvida é se Haddad seria capaz de encampar um embate contra Lula caso seja aconselhado, por razões técnicas, a tentar conter alguns ímpetos econômicos de Lula.

Esse temor de grande parte da Faria Lima acontece porque a aposta é de que, com Haddad no comando da Pasta, o novo governo Lula deve expandir os gastos públicos, tal qual sugerido na PEC da Transição. Ou seja, o mercado não perdoa erros de governos passados do PT.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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