Market Makers

Por que Guilherme Aché, da Squadra, não perde tempo com Petrobras (PETR4), BB (BBAS3) e outras estatais

31 ago 2023, 18:14 - atualizado em 31 ago 2023, 18:19

Um dos maiores e mais tradicionais gestores do mercado, Guilherme Aché, da Squadra, foi o convidado do podcast Market Makers. Na entrevista, além de falar sobre as principais estratégias de investimentos, Aché deu pinceladas na tese das estatais.

“Já ganhei e perdi dinheiro em estatais, mas não vale a pena a dor de cabeça, odeio ir para Brasília para falar com político, conforme fico mais velho fico mais distante delas, nos últimos três ano”, desabafou. 

Ele lembra que quem investiu em Petrobras (PETR4) ganhou dinheiro, mas não é investimento que dá para carregar por muitos anos. “Costuma ser tiro curto de no máximo dois anos, morrendo de medo”, completa.

Já Florian Bartunek, sócio fundador da Constellation, que também participou do programa, disse que a vantagem da estatal é que ela não quebra.

“Quem comprou Petrobras há 20 anos não ganhou igual outras empresas privadas (ex: Raia Drogasil (RADL3) e Localiza (RENT3)) mas também não quebrou, então existe essa vantagem (não acerta muito mas não erra muito), e dividendos pode compensar (não precisa ser em Petro, pode ser Cemig (CMIG4) e Copel (CPLE6), e tem gente que compõe patrimônio assim)”, coloca.

E a tese do short?

Mais uma vez, a carta da Squadra, que revelou a fraude contábil do IRB (IRBR3) em 2019, provocou burbinhos no mercado. Agora, a gestora alerta para os balanços “maquiados” apresentados por empresas e fundos imobiliários.

Além disso, a gestora destacou que alguns FIIs podem apresentar pegadinhas com as suas teses de investimentos.

“Eu gosto de polêmica, mas meus sócios são mais conservadores e não deixaram eu divulgar as teses short”, afirmou.

Ouça o episódio na íntegra:

Para ele, a combinação ótima é uma empresa ruim, endividada, com fraude, preço caro e management ruim, “mas fazemos também operações short baseada em preço e ciclos desfavoráveis”

“De fato empresa fica brava quando o short é anunciado, empresa pode até processar, e entendo quem não faz, mas gosto de fazer e cada vez faço mais na Squadra”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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