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Por que Magazine Luiza (MGLU3) caiu após Copom encerrar ciclo de altas da Selic?

22 set 2022, 18:13 - atualizado em 23 set 2022, 9:02
Ações de varejo
Não só Magazine Luiza, como Via (VIIA3) e Americanas (AMER3) fecharam em queda hoje (Imagem: Shutterstock)

O Magazine Luiza (MGLU3) figurou entre as maiores quedas do Ibovespa nesta quinta-feira (22), indo na contramão do bom humor generalizado no mercado de ações brasileiro. O papel do varejista recuou 3,16%, a R$ 4,60.

Americanas (AMER3) também caiu hoje. Nem a notícia mais relevante da semana, que foi a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de encerrar o ciclo de aperto monetário no Brasil, contribuiu para as ações engatarem uma nova sessão com ganhos expressivos.

O setor de varejo foi um dos mais impactados pela inflação e juros crescentes nos últimos meses. Portanto, a decisão das autoridades monetárias de manter a Selic estável em 13,75% beneficiaria, em tese, as empresas desse segmento.

Por que, então, os papéis caíram?

Para Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed, a queda das ações do Magazine Luiza é um movimento de realização de lucros.

“Vale a pena destacar que o papel, ontem, subiu 6,5%. Foi uma das maiores altas no pregão. Inclusive, a Via também subiu forte”, lembra o analista.

Petrokas destaca que o setor já estava em trajetória de forte recuperação na Bolsa após o baque dos últimos meses.

“O papel chegou a apresentar, da mínima para a máxima, um movimento bem importante de recuperação, quando o mercado já começou a entender que seria o fim do aperto monetário. As curvas de juros do mercado já começaram a arrefecer, e isso puxou rapidamente as ações do varejo, que vinha em forte movimento de queda”, explica.

Na avaliação do time de análise da Ativa Investimentos, o setor de varejo operou em queda nesta quinta pelo impacto negativo da alta de juros no exterior, somado a um cenário macroeconômico global desfavorável.

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciou uma nova alta de 0,75 ponto percentual na taxa de juros americana, levando-a para a faixa dos 3-3,25%. O Fed também sinalizou que novos aumentos significativos podem chegar daqui para frente.

O comunicado mais duro do Fed e as falas de seu presidente, Jerome Powell, derrubaram os índices americanos, com Nasdaq fechando esta quinta em queda de 1,37%, S&P 500 recuando 0,84% e Dow Jones caindo 0,35%.

MGLU3 deixou de ser atrativa?

Com o recente rali das ações do setor de varejo de e-commerce, dúvidas sobre a atratividade de Magazine Luiza voltam a aparecer.

Marcos Peixoto, sócio e gestor responsável pelo núcleo de renda variável da XP Asset, no podcast Outliers, da XP Investimentos, não se mostrou muito otimista com os varejistas do comércio eletrônico brasileiro.

Peixoto disse que as empresas do segmento de e-commerce contam com “pouco diferencial competitivo e de valor para o consumidor”.

O BTG Pactual destacou, em novo relatório sobre a retomada do setor no segundo semestre de 2022, que está com indicação de compra para 19 das 26 ações do varejo brasileiro que acompanha.

O Magazine Luiza está incluso na leva dos ratings de compra, com preço-alvo de R$ 7.

Os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Victor Rogatis e Luiz Temporini reforçaram, no entanto, que preferem um mix de exposição à reabertura econômica, mas com poder de precificação, momento sólido e/ou proteção à inflação.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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