Eleições 2022

Que setor da bolsa ganharia com Lula ou Bolsonaro? Eis a resposta de Landau, da Vista Capital, na estreia de Market Makers

07 jul 2022, 20:31 - atualizado em 07 jul 2022, 20:31
Market Makers
Apesar de se mostrar “cético” em relação às eleições, Landau diz haver diferença na percepção do governo em relação aos dois presidentes (Imagem: Divulgação)

As eleições presidenciais se aproximam, e os mercados intensificam seus cálculos sobre possíveis impactos da reeleição de Jair Bolsonaro ou a vitória de Lula, os dois líderes das pesquisas de intenção de voto desde o ano passado.

Para João Landau, gestor da Vista Capital, há diferença na percepção do mercado em relação à eleição de um ou de outro. Mesmo assim, ele diz que é “cético” sobre política.

“Não importa (quem vença). O Brasil é sempre um aluno nota seis. Os dois estão aquém do que merecemos”, afirmou no episódio de estreia do podcast Market Makers, criado por Thiago Salomão e Renato Santiago, dois dos maiores influentes produtores de conteúdo para investidores do Brasil.

“Importa o que o mercado vai entender. O mercado entende que, se Bolsonaro ganhar, as estatais vão performar melhor, e eu entendo que as ações de consumo doméstico vão performar melhor se Lula vencer. Acho que Bolsonaro tem essa pecha, apesar de toda a tentativa de intervenção que ele está fazendo na Petrobras, de que estatais têm uma governança mais forte. E no governo Lula, nós vimos o slogan dele falando que vai colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto. E isso vai gerar demanda para o consumo doméstico, como vimos no primeiro governo Lula“, completa.

Mas de qualquer forma, Landau acredita que as ações de consumo andam com Bolsonaro também. “Talvez elas andem menos que empresas de petróleo”, completa.

Commodities são a chave

Mas, mais importante que saber quem será o próximo presidente, é estudar os preços das commodities, sublinha o gestor.

Ouça o primeiro episódio de Market Makers com João Landau, da Vista Capital.

“O Brasil é uma grande fazenda. O problema no país é quando as commodities caem. Não sabemos se a Dilma teria caído se o minério e o petróleo tivesse ido a US$ 10. Com isso, a atividade capota, a arrecadação capota e o fiscal vai para o buraco. Isso não segura presidente nenhum. O fator commodity me dá um peso muito maior do que o presidente”, diz.

Em sua visão, mesmo se um candidato da terceira via, como Simone Tebet, ganhasse, sem um ciclo de commodities favorável, a situação seria difícil.

Para preparar a carteira para as eleições, Landau conta que está simplificando o portfólio.

“Tiramos Petrobras. Mantemos posição em ativos que vão bem em qualquer cenário. E ficar atento às oportunidades”, pontua.

Market Makers: o novo projeto de Salomão e Santiago

Thiago Salomão e Renato Santiago, dois dos mais influentes produtores de conteúdo  sobre  investimentos e finanças pessoais do Brasil, estão de volta ao mercado. Depois de cumprir um período sabático, a dupla acaba de lançar o Market Makers (Formadores de Mercado, numa tradução livre).

Além do tradicional podcast, formato com o qual a dupla obteve projeção nacional, o novo projeto contará também com textos e entrevistas escritas, portal de conteúdo e newsletter. O projeto conta com a parceria da Empiricus Research, que controla o Money Times.

A grande novidade, porém, é a criação de um clube de investimentos para colocar suas teses à prova.

Ouça o primeiro episódio de Market Makers com João Landau, da Vista Capital.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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