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Quer investir no varejo? Allied é vista como uma boa opção pelos analistas

21 maio 2021, 14:16 - atualizado em 21 maio 2021, 14:16
Samsung Smartphones
Segundo a Ágora Investimentos, 2020 foi um indicador importante de que a Allied pode resistir a riscos (Imagem: Jeenah Moon/Bloomberg)

A Ágora Investimentos e o BTG Pactual (BPAC11) iniciaram a cobertura das ações da distribuidora de eletrônicos Allied (ALLD3) com recomendação de compra e preços-alvo de R$ 28 e R$ 34, respectivamente. O desconto na ação chamou a atenção dos analistas, que consideraram isso um reflexo das preocupações dos investidores com a concorrência e a sustentabilidade da distribuição da empresa.

“O múltiplo e o relativamente pequeno IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial) refletem as preocupações dos investidores sobre o negócio de varejo enfrentando a concorrência dos pesos pesados Magalu (MGLU3), Meli, B2W (BTOW3) e Via (VVAR3), e que o negócio de distribuição irá provavelmente sofrer com o processo de ‘desintermediação’ com o tempo (já que os maiores participantes tendem a comprar diretamente dos fornecedores)”, afirmaram Richard Cathcart e Jose Cataldo, do time de research da Ágora, em relatório divulgado na quarta-feira.

Segundo o BTG, a ação da Allied é negociada a 8,1 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2021 e 7,3 vezes P/L para 2022, o que a torna uma das mais baratas entre as empresas do setor sob a cobertura do banco.

Os analistas não descartaram alguns riscos no modelo de investimento da Allied. O BTG, por exemplo, destacou a base de comparação difícil em relação ao ano passado, além do aumento da competição no e-commerce.

A Ágora, no entanto, acredita que 2020 foi um indicador importante de que a Allied pode resistir aos riscos. A corretora adotou uma visão positiva sobre a expansão da companhia para o modelo B2C (Business to Consumer), que deve contribuir para o aumento das margens, e o desenvolvimento dos canais digitais.

“Esperamos que tanto as fusões e aquisições quanto a expansão orgânica da SiS (Store in Store) impulsionem o crescimento no futuro”, comentaram Cathcart e Cataldo. “Além do canal de varejo físico, a Allied também atua como vendedora marketplace e possui uma plataforma digital que vende planos de celular. A escala da Allied na distribuição significa que pode vender a preços competitivos em todas as suas operações de varejo”.

A Ágora disse que o varejo ajudou a impulsionar em cerca de 3 pontos percentuais a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Allied, e há mais por vir.

Allied
Na avaliação do BTG Pactual, a Allied conseguiu criar um modelo de negócio forte, com diversificação nas fontes de receita e boas operações tanto na parte física quanto no segmento online (Imagem: REUTERS/Kim Hong-Ji)

Espaço para crescer já no curto prazo

O BTG projeta um curto prazo de crescimento para a Allied, apoiado na expectativa de aumento das vendas de eletrônicos em 2021, apesar do fim/redução do auxílio emergencial.

Na avaliação do banco, a companhia conseguiu criar um modelo de negócio forte, com diversificação nas fontes de receita e boas operações tanto na parte física quanto no segmento online.

“A Allied também tem um relacionamento de longo prazo com as maiores marcas globais, correspondendo, em alguns casos, por mais de 90% dos celulares vendidos via distribuidores (aproximadamente 50% no canal de distribuição para esse segmento no país)”, afirmaram os analistas do BTG Luiz Guanais e Victor Rogatis.

A Allied tem buscado incluir novos serviços em seu catálogo por meio de parcerias, como o programa “iPhone para Sempre”, criado com o Itaú Unibanco (ITUB4), e desenvolvimento de soluções de crédito, como Soudi, que financia a compra de celulares premium em lojas Samsung. A Ágora não descarta uma possível expansão par o mercado de celulares usados e recondicionados.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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