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Rede de privacidade cria fundo de US$ 100 milhões para competir com Monero e ZCash

30 out 2021, 11:00 - atualizado em 28 out 2021, 14:19
Findora
Findora anunciou a criação de um fundo de ecossistema de US$ 100 milhões, cujo foco será na pesquisa e no desenvolvimento de novas aplicações, infraestrutura e liquidez (Imagem: Findora/Medium)

Você provavelmente nunca ouviu falar do Findora (FRA), um blockchain com foco em privacidade que possibilita aos usuários “compartilhar informações sem mostrá-las”.

Porém, segundo o Decrypt, caso a estratégia do Discreet Labs (criador do Findora) funcione conforme planejado, o blockchain não muito conhecido poderá concorrer com as famosas criptos de privacidade ZCash (ZEC) e Monero (XMR).

Na última semana, Findora anunciou a criação de um fundo de ecossistema de US$ 100 milhões, cujo foco será na pesquisa e no desenvolvimento de novas aplicações, infraestrutura e liquidez.

A proposta do blockchain é unir partes que compõem as finanças tradicionais com ideais de privacidade. O blockchain apresenta algumas diferenças em relação a seus possíveis concorrentes Monero e ZCash.

Enquanto estes dão prioridade ao anonimato em relação à auditabilidade, aquele faz uso de “acordos seletivos de divulgação” que permitem auditorias de terceiros.

Conforme informado pelo Decrypt, Findora tem como objetivo reunir alguns dos recursos de privacidade presentes nos blockchains concorrentes em uma rede semelhante à Ethereum – um blockchain de primeira camada em que podem ser desenvolvidos outros programas. 

Segundo Warren Paul Anderson, vice-presidente de produtos do Discreet Labs, para algumas pessoas, Findora se assemelha a Zcash, mas é mais programável, enquanto que, para outros, é considerado uma forma mais ética do Monero.

Porém, segundo Anderson, apesar de os três blockchains terem tecnologias muito semelhantes, o fator de programabilidade do Findora é um diferencial.

O blockchain criado pelo Discreet Labs almeja criar aplicações descentralizadas, permitir que pessoas criem seus próprios tokens no blockchain, além de inserir stablecoins em suas ofertas.

Isso lembra as finanças descentralizadas (DeFi), não é mesmo? E o objetivo do Findora é esse mesmo: que corretoras descentralizadas (DEXs), protocolos de empréstimos e aplicações de pagamentos se estabeleçam no blockchain como resultado do fundo criado.

Segundo o Decrypt, desenvolvedores podem enviar pedidos para financiamentos à Findora Foundation para desenvolverem protocolos ou plataformas no blockchain. Mas, somente os membros da Findora DAO poderão usar o token nativo da rede – FRA – para votar em quais propostas receberão o subsídio.

Além disso, os usuários do token da rede parecem estar formando uma fila para as recompensas prometidas. O blockchain divulgou recompensas anuais de 250% para aqueles que realizarem o staking, que foi lançado nessa semana.

No entanto, vale ressaltar que Findora não é feita de entusiastas do anonimato, pois isso vai contra a filosofia do blockchain. De acordo com Anderson, “algo que falamos muito sobre é a diferença entre privacidade e sigilo. O primeiro significa que a pessoa não quer que o mundo saiba de tudo, enquanto o segundo indica que a pessoa não quer que ninguém saiba nada”.

O blockchain tem orgulho de ter foco em privacidade, mas não quer que sua rede permaneça mais no anonimato.

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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