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Reserva de emergência: Investir em Tesouro Selic, CDB de liquidez diária ou no Nubank?

28 jan 2023, 13:00 - atualizado em 27 jan 2023, 11:15
Poupança
Reserva emergência é o primeiro passo para quem busca construir riqueza com investimentos. Veja as melhores opções do mercado. (Imagem: Pixabay/3D Animation Production Company)

A construção de uma reserva da emergência é apontada por diversos educadores financeiros como o primeiro passo na jornada dos investimentos.

Afinal de contas, imprevistos acontecem e, ao mesmo tempo, nem todos os investimentos possuem a chamada liquidez diária (facilidade em transformar ativos em dinheiro).

O valor ideal da reserva de emergência varia de acordo com a estabilidade financeira de cada um.

Uma pessoa que é profissional autônoma deve ter uma reserva relativamente maior (um ano do seu custo de vida) do que aquela que possui carteira assinada (entre três e seis meses do seu custo de vida).

Os investimentos das reservas de emergência devem priorizar a segurança do valor aplicado e a liquidez, isto é, a possibilidade de transformar o capital investido em dinheiro novamente com rapidez.

Reserva de emergência na prática

A construção da reserva de emergência normalmente é mais árdua para quem está começando do zero e/ou tem pouco dinheiro disponível para investir mês a mês, já que a principal característica dos produtos voltados para a reserva de valor não é a rentabilidade, e sim a segurança.

No entanto, os títulos de renda fixa que são indexados ao CDI (amplamente indicados para aplicar a reserva de emergência) estão pagando mais atualmente, já que a taxa Selic está em patamar elevado a 13,75% ao ano e com pouco espaço para cortes no decorrer dos próximos meses.

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um dos produtos mais recomendados por especialistas para investir a reserva de emergência. Os aportes mínimos giram em torno de R$ 125 a R$ 130, e variam diariamente por conta marcação a mercado.

Trata-se do único título público com liquidez diária no Tesouro Direto, ou seja, que tem rendimento de juros compostos todos os dias e que não penaliza o investidor em casos de resgate antes do vencimento.

O Tesouro Selic é o investimento mais seguro do mercado já que, no caso, o investidor está emprestando dinheiro diretamente ao governo brasileiro. O risco de calote de um país é muito inferior ao de bancos e empresas.

CDBs de liquidez diária

Na sequência, os CDBs de liquidez diária emitidos por grandes bancos são excelentes alternativas para construir a reserva de emergência. Em alguns casos, grandes instituições financeiras chegam a oferecer rentabilidade entre 102% e 105% do CDI.

No mínimo, o investidor precisa manter seus recursos aplicados em produtos que garantam remuneração de 100% do CDI (equivalente a 13,65% ao ano), ganho que o Tesouro Selic oferece.

A principal vantagem dos CDBs de liquidez diária sobre o Tesouro Selic diz respeito à cobrança da taxa de custódia da B3 para reservas de emergência cujo valor aplicado exceda R$ 10 mil.

O título público tem a cobrança, mas para quem empresta dinheiro para bancos não há dedução da B3, independente da quantia investida. Os CDBs de liquidez diária costumam exigir aplicação mínima de R$ 100.

Nubank

O fundo de reserva imediata do Nubank (NU), que é o maior fundo de investimento do Brasil em número de cotistas, também é usado por muitos investidores para a aplicação da reserva de emergência, já que o aporte mínimo no fundo é de apenas R$ 1.

O Nu Reserva Imediata foi lançado no mercado há pouco mais de um ano e nesse período teve valorização de 108% do CDI, acima da média do mercado, devido à sua exposição de 18% do portfólio dos clientes aplicados em debêntures e títulos de crédito privado.

No entanto, muitos investidores se assustaram com a rentabilidade negativa momentânea do fundo recentemente.

Nos últimos dias, o fundo do Nubank perdeu quase 180 mil cotistas e teve saque de R$ 800 milhões. As perdas ocorreram desde que o escândalo da Americanas (AMER3) afetou a rentabilidade em produtos de renda fixa.

Embora o fundo do Nubank seja classificado como de baixo risco, a presença de debêntures emitidas pelas Americanas no portfólio do fundo provocou a desvalorização das cotas do Nu Reserva Imediata.

A gestora do banco afirmou ao Money Times, em nota, que o fundo se encontra em posição de solidez financeira, com percentual relevante em ativos de altíssima liquidez para absorver impactos como o de evento específico que afetou centenas de fundos de investimentos.

“O Nu Reserva Imediata já mostra recuperação, com registro sequencial de valor positivo das cotas. Reafirmamos que este fundo segue trajetória de rentabilidade de longo prazo, apoiada em estratégia de diversificação de ativos”, completa a Nu Asset Management.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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