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Safras & Mercado mantém safra de cana em 605 mi/t, a maior do mercado

22 mar 2021, 14:52 - atualizado em 22 mar 2021, 15:30
Agricultura Máquinas Veículos Cana-de-Açúcar
Tempo mais seco tem favorecido andamento antecipado da safra de cana no Centro-Sul (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Praticamente saíram todas as últimas previsões de consultorias e instituições sobre a safra de cana-de-açúcar que oficialmente começa no próximo dia 1º de abril no Centro-Sul. A maioria revisada para baixo, ante projeções anteriores, tomando como comparação os números finais da Unica sobre o ciclo 20/21.

A mais recente é a do Rabobank, dando uma moagem de 575 milhões de toneladas e um mix de 47% para o açúcar 21/22.

A entidade das usinas, em relatório de fevereiro, apontou 597 milhões/t, podendo se esperar, portanto, uma finalização entre 600 e 605 milhões/t da safra 20/21.

Apenas a Safras & Mercados assegura a mesma projeção feita em janeiro, conforme disse, mais uma vez, ao Money Times seu analista setorial, Maurício Muruci.

Ele conta com 605 milhões/t de matéria-prima – a projeção mais alta do mercado -, mais 40 milhões/t de açúcar e 30 bilhões de litros de etanol. Destes, 19 bilhões de hidratado e 11 de anidro. O Nordeste deverá ter o próximo ciclo, a partir de setembro, em 53 milhões/t de cana.

A Unica, na última avaliação da safra passada no CS, falou em 38,2 milhões/t da commodity e de 29,5 bilhões/l do biocombustível, sendo 19,8 bilhões/l de hidratado.

Maurício Muruci se baseia nas chuvas regulares e boas entre dezembro e a primeira quinzena de fevereiro – como também já havia falado aqui há alguns meses -, como fatores de recuperação das estimativas, ao contrário das demais consultorias, que reputam ao déficit hídrico, em boa parte do segundo semestre passado, a baixa no volume de produção de cana.

Em relação ao mix, o cenário de pressão sobre o consumo se agravou.

O especialista da Safras também está vendo uma moagem este mês, portanto antecipada, entre 4 e 5 milhões/t, além das 1 milhão/t de fevereiro de fevereiro, com as usinas aproveitando uma boa trégua na precipitação hídrica.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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