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São Martinho (SMTO3): após queda de quase 30% no ano, Morgan Stanley vê ‘ações descontadas’ e potencial de alta de até 18%

01 nov 2024, 16:19 - atualizado em 01 nov 2024, 17:32
são martinho smto3
As ações de São Martinho saltaram mais de 7% durante o pregão após o Morgan Stanley elevar recomendação para neutra (Imagem: Reprodução/São Martinho)

As ações do São Martinho (SMTO3) despontaram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta sexta-feira (1º). Nas primeiras horas do pregão, os papéis da companhia saltaram mais de 7%. 

SMTO3 terminou a sessão com alta de 5,21%, a R$ 26,64.



O motivo para o desempenho positivo é a revisão do Morgan Stanley sobre a companhia. 

O banco elevou a recomendação de venda para neutra (equal weight) e subiu o preço-alvo de R$ 26 para R$ 30 — o que representa um potencial de valorização de 18% sobre o fechamento de ontem (31). 

“Após desempenho significativamente inferior do SMTO3 em relação ao Ibovespa, vemos um melhor momento para as ações da companhia”, escreve a analista Júlia Rizzo, em relatório. 

A ação ON da São Martinho acumula queda de 28% no ano ante avanço de 15% do Ibovespa no período. 

Nas contas do banco, os papéis estão sendo negociados com múltiplo de 9,4 vezes a relação entre valor de empresa e Ebitda (EV/Ebitda), abaixo da média histórica de 9,8 vezes. 

São Martinho: revisão de estimativas 

Apesar da melhora na recomendação, o Morgan Stanley reduziu as estimativas para a companhia para 2024/2025, devido à expectativa de menores rendimentos causados por um clima mais seco. 

As condições climáticas também refletem em custos de produção elevados e uma mistura de açúcar menor. 

“Aumento da incerteza sobre a colheita de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil em meio a incidentes de incêndio e clima mais seco do que o normal,  elevaram os preços do açúcar”, escreve a analista Júlia Rizzo. 

Mas o banco aumentou as projeções para a safra 2025/2026 para refletir um real mais fraco, a R$ 5,66. 

“A desvalorização de 20% do real até o momento impulsiona os resultados das exportações de açúcar e melhora a perspectiva para o preço do etanol”, diz o relatório. 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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