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Selic em 11% e caso Maxi Renda: ainda é possível lucrar com fundos imobiliários?

30 jan 2022, 17:51 - atualizado em 30 jan 2022, 17:51
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A questão que paira sobre o investidor agora é: ainda vale investir em fundos? (Imagem: Pixabay/ Nattanan Kanchanaprat)

A piora do cenário macroeconômico, com a elevação dos juros, fez estragos na indústria de fundos imobiliários no ano passado, apesar da recuperação em dezembro. A expectativa é que a Selic continue subindo, podendo terminar o ano em até 11,75%, segundo o último Boletim Focus.

Como não bastasse isso, 2022 começa com uma bomba da CVM, que proibiu a distribuição de dividendos aos cotistas do Maxi Renda (MXRF11) com cálculos baseados em regime de caixa. O temor é que isso afete todo o setor. Apesar disso, analistas afirmam que o momento é de cautela, já que a decisão ainda cabe recursos.

A questão que paira sobre o investidor agora é: ainda vale investir em fundos imobiliários?

Segundo o Inter Research, sim: os fundos imobiliários continuam oferecendo retornos bastante atrativos a preços em conta. 

“Os fundos de tijolo estão descontados, negociando abaixo do valor patrimonial. Mesmo com vacância em alguns casos, a expectativa de dividendo entre 8 e 9% é bastante atrativa comparado ao juro real da NTN-B”, argumenta.

Além disso, a corretora lembra que com a recuperação do setor de serviços, os aluguéis também devem ser corrigidos ao longo do ano, impulsionando os dividendos.

“Para os fundos de papéis, apesar de não vermos potencial de ganho de capital, uma vez que já negociam a 100% do valor patrimonial, a remuneração da carteira deve gerar também dividendos robustos”, completa.

O que comprar?

Para a carteira de janeiro, o Inter não realizou nenhuma alteração.

Na avaliação da corretora, os fundos imobiliários de recebíveis continuam tendo uma performance relativa melhor.

“Os fundos KNIP11 e RBRR11 voltaram a ser negociados próximo de 100% do valor patrimonial”, observa.

Já os shoppings e os fundos de lajes estão negociando com “descontos significativos”. 

“A perspectiva é de recuperação na medida que a mobilidade volta aos padrões normais e as atividades de serviços e varejo retomem”, lembra.

Veja o portfólio:

Fundo Ticker Segmento Dividendo indicativo
CSHG Real Estate HGRE11 Lajes corporativas 24%
Hedge Brasil Shopping HGBS11 Shoppings 7,3%
Vinci Shopping Centers VISC11 Shoppings 9,5%
Log CP Inter LGCP11 Galpões logísticos 8,4%
Hedge Top FOFII 3 HFOF11 Fundo de fundos 8,9%
RBR Alpha Fundo de Fundos RBRF11 Fundo de fundos 9,5%
Kinea Índice de Preços KNIP11 Títulos e Valores Mobiliários 17,2%
RBR Rendimento High Grade RBRR11 Títulos e Valores Mobiliários 12,7%

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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