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Será que é preciso se preocupar com as operações da Marfrig e JBS nos EUA?

05 dez 2021, 10:46 - atualizado em 05 dez 2021, 18:54
Frigoróficos Marfrig JBS BRF Minerva
Frigoríficos brasileiros com operações e exportações aos EUA tiveram mercado afiado até novembro (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Se o leitor de Money Times com posições em Marfrig (MRFG3) e JBS (JBS3) ficou preocupado com a queda das ações, na sexta (3), atribuídas às operações multinacionais nos Estados Unidos, como despachou a agência Bloomberg, leia este texto e tire suas conclusões.

De fato, o rebanho americano não cresceu e o preço do boi subiu, pegando nas margens dos frigoríficos, mas as vendas de carnes estão acima da média de 5 anos (796 mil/t), acumulando 1 milhão de toneladas de janeiro ao meio de novembro.

Isso o leitor viu aqui também, no dia 1º de dezembro, e pode aproveitar para ler novamente clicando neste link, com o complemento, feito pela Farm Progress, de que os americanos vão seguir subjugando a inflação da carne bovina neste final de ano.

Depois da exaustão da pandemia – apesar dos novos riscos detectados, inclusive com a variante ômicron – e dinheiro na mão (com a sensível melhora da economia e com os estímulos do governo ainda não retirados), o apetite é grande, diz a análise da consultoria.

As altas da matéria-prima estão tendo retorno, com certeza.

E que tal as exportações do Brasil para lá, que Marfrig, JBS e Minerva (BEEF3) dominam amplamente. O leitor de Money Times viu isso também no mesmo texto.

E agora atualizamos, segundo dados compilados pela Abrafrigo: no acumulado do ano até o mês passado, o volume de carne bovina brasileira para os EUA somou 117,8 mil/t, aumento de 116,6%; até outubro, 95,7 mil/t; até setembro, 82,3 mil/t.

Perceberam as altas mensais?

Poderá haver, sim, uma pequena redução em dezembro, mas certamente será por conta do menor número de dias úteis.

Além de oxigenar a entrada de carne brasileira, mais barata em dólares, em suas plantas locais (à exceção do Minerva, que não possui abate naquele mercado) – melhor ainda por ser praticamente “caixa único” -, ainda há os ganhos com as exportações para outros mercados.

O USDA divulgou, na semana passada, que a previsão até o fim de dezembro são de 1,567 milhão/t desde janeiro, crescimento de 20 mil/t, com China começando a dividir mais os embarques tradicionalmente direcionados a Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Europa.

O leitor de Money Times, agora, pode esperar, se quiser, os números de dezembro.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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