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Setor de casa e decoração cresce 300% no período entre 2019 e 2021, aponta estudo

26 set 2022, 12:20 - atualizado em 26 set 2022, 12:20
Móveis e decoração
Setor de casa e decoração cresce 300% em dois anos (Imagem: Pinterest)

O setor de casa e decoração cresceu 300% entre 2019 e 2021, aponta pesquisa realizada pelo Nuvemshop. Segundo o estudo, o aumento foi impulsionado pelo crescimento de reformas residenciais, bem como a mudança no comportamento do consumidor com a pandemia, que acelerou a realização de compras pela internet.

O levantamento da Nuvemshop aponta ainda que o ticket médio de 2021 foi de R$ 262,48 gastos por pedido, enquanto em 2020 foi de R$249,62. Somente em 2021, a pesquisa aponta que pequenas e médias empresas (PMEs) da categoria registraram mais de R$ 200 milhões em faturamento, 59% a mais que em 2020.

Além disso, foi registrado um aumento de 151% de 2019 a 2021 na criação de lojas de casa e decoração no ambiente online.

Um levantamento do QuintoAndar mostrou que 16,5% das pessoas resolveram se mudar de residência durante a pandemia e, dentre as que não se mudaram, 11% fizeram reformas.

Guilherme Pedroso, country manager da Nuvemshop no Brasil, aponta que os dados se complementam, indicando que essa mudança de hábitos e moradia impactou no segmento de Casa & Camp; Decoração, que teve destaque nos últimos anos nas vendas online.

“No entanto, a procura por produtos em lojas virtuais é uma tendência não apenas nesta categoria, mas que atinge cada vez mais brasileiros pela facilidade, agilidade e diversidade de categorias e itens”, explica Pedroso.

Impacto nas empresas do setor

O levantamento realizado pela Nuvemshop aponta que em 2021, o faturamento no setor era de R$73,6 milhões, enquanto em 2022, caiu para R$65,8 milhões, uma variação de -10,6%. A análise foi feita entre janeiro e setembro dos respectivos anos.

“Provavelmente, indica a mudança de comportamento dos brasileiros que, agora, passaram a estar mais tempo fora de casa e fazendo menos reformas e mudanças”, diz o estudo.

Para as empresas com capital aberto do setor, o cenário do acumulado do último ano é de queda.

No último ano, a Mobly (MBLY3) teve queda de 67,96%, Westwing (WEST3) de 72,27%, Lojas Quero-Quero (LJQQ3de 64,86%.

O Bradesco BBI aponta que as ações do setor de varejo costumam subir com a queda das taxas de juros, e a expectativa é de que a queda da Selic só chegue em junho de 2023.

A preocupação do BBI recai sobre a potencial deterioração incremental em categorias dependentes de tickets maiores/crédito, como eletrônicos e artigos de casa.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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