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Setor financeiro pesa e Ibovespa tem recuo antes de ata do Fed

25 maio 2022, 12:19 - atualizado em 25 maio 2022, 12:19
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Às 11:50 (de Brasília), o Ibovespa caía 0,23%, a 110.321,50 pontos, após quatro alta seguidas (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O principal índice da bolsa brasileira exibia queda nesta quarta-feira, com o mercado no aguardo da divulgação à tarde da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed).

Bancos e B3 eram as principais pressões baixistas ao índice, enquanto Petrobras, cuja troca de comando segue no radar dos investidores, avançava.

Às 11:50 (de Brasília), o Ibovespa caía 0,23%, a 110.321,50 pontos, após quatro alta seguidas. O volume financeiro era de 6 bilhões de reais.

“O grande determinante de preço da sessão vai ser a ata do Fed, até porque a participação do investidor estrangeiro tem aumentado nos últimas dias na bolsa”, diz Luiz Adriano Martinez, gestor de portfólio da Kilima Asset.

A ata da última reunião de política monetária do Fed, quando a taxa básica de juros dos Estados Unidos foi elevada em 0,5 ponto percentual, será publicada às 15h (horário de Brasília). A expectativa do mercado precificada na curva de juros norte-americana é de uma alta de igual magnitude na próxima reunião.

Martinez afirma que investidores vão procurar por sinais de um potencial aperto monetário mais agressivo pelo Fed, mas ressalta que “não é o que deve acontecer. O Fed deve manter o discurso das últimas declarações, sem estar muito assustado com os números recentes de inflação mais fortes”.

Os principais índices em Wall Street subiam entre 0,6% e 1,3%, após queda na abertura.

No Brasil, a possibilidade de votação na Câmara dos Deputados de proposta que fixa teto de 17% para a alíquota do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) sobre combustíveis e energia elétrica ficou para esta quarta-feira.

Destaques

Petrobras (PETR3;PETR4) subia 1,8 diante de alta de quase 1% nos preços do petróleo Brent com cenário apertado de oferta e perspectiva de maior demanda por causa do fluxo de veículos nos EUA no verão. 3R Petroleum (RRRP3) avançava 3,4%, a quinta alta seguida, e PetroRio (PRIO3) operava 1,4% no positivo.

Santander Brasil (SANB11) caía 3,4%, Banco do Brasil (BBSA3) recuava 1,9%, Bradesco (BBDC4) cedia 1,5% e Itaú Unibanco (ITUB4) perdia 1,4%. Ainda no setor financeiro, B3 desvalorizava-se 2,3%.

Vale (VALE3) exibia alta de 0,1% e siderúrgicas operavam sem direção comum. Os contratos futuros de aço em Xangai não registraram grandes alterações de preços, com preocupação por lockdowns na China contrapondo medidas de estímulos econômicos. Contratos do minério de ferro fecharam com acréscimo de 0,4% em Dalian, mas caíram no mercado à vista para entrega na China, segundo dados da consultoria SteelHome.

EDP (ENBR3) tinha alta de 1,7% e Eletrobras (ELET6)mostrava ganho de 1,9%. Analistas do JPMorgan revisaram as recomendações para o setor e rebaixaram a “neutro” CPFL Energia (CPFE3), que tinha queda de 1,5%. ISA CTEEP PN, que não faz parte do Ibovespa, perdia 0,4% após ser rebaixada a “underweight”, enquanto AES Brasil (AESB3) outra que não compõe o índice, exibia alta de 1,3% após ser elevada a “neutra”.

Lojas Americanas (AMER3) estendia queda da última sessão e apontava recuo de 4%.

MRV (MRVE3) mostrava valorização de 2%. O jornal O Estado de S.Paulo publicou que a subsidiária da empresa nos Estados Unidos planeja investir 6 bilhões de reais nos próximos cinco a seis anos e deve ganhar um sócio nos próximos três a quatro meses. Além disso, o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, afirmou ao Valor que o governo federal ampliará o subsídio para financiamentos do programa Casa Verde e Amarela.

O setor de construção mencionou negociações nesse âmbito a jornalistas na segunda-feira.

Carrefour Brasil (CRFB3), mostrava baixa de 1,6%. O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou há pouco a aquisição do Grupo BIG pela empresa, mas com restrições.

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