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Solução Arbitrum pode baratear taxas da corretora cripto Uniswap

27 maio 2021, 14:46 - atualizado em 27 maio 2021, 14:46
Arbitrum se apresenta como uma “solução de escalabilidade sem compromisso” para aplicações descentralizadas da Ethereum a baixo custo (Imagem: Crypto Times)

A equipe por trás da corretora descentralizada (DEX, na sigla em inglês) Uniswap está se preparando para implementar a corretora na Arbitrum, futura solução de escalabilidade da Ethereum.

A implementação irá acontecer quando a votação for finalizada, que possui muito suporte a favor da expansão.

Uniswap é a maior DEX na Ethereum e a segunda maior dentre todos os blockchains, segundo o painel de dados do The Block.

Porém, por ser executada na Ethereum, sofre com as altas taxas de transação para a conversão de tokens. Neste momento, uma conversão te custaria US$ 13 mas, anteriormente, esses custos já dispararam para US$ 200.

Escalabilidade é a capacidade de um sistema ou rede se ampliar e fazer a gestão da crescente demanda. Primeira camada é o termo usado para descrever a arquitetura principal e subjacente do blockchain.

Segunda camada é uma estrutura secundária ou um protocolo secundário criados acima de um sistema blockchain existente, em que o objetivo principal é aumentar a velocidade de transações e resolver as dificuldades de escalabilidade enfrentadas por grandes redes cripto.

Arbitrum, uma solução de escalabilidade de segunda camada, desenvolvida na Ethereum, promete lidar com mais transações com taxas bem mais baratas. Utiliza “optimistic rollups”, tecnologia elogiada por Vitalik Buterin, cofundador da Ethereum, a fim de escalar a rede.

Funciona ao processar transações em um “sidechain” — blockchain paralelo — e liquidando-as em grupos ao blockchain principal da Ethereum.

Arbitrum será lançada amanhã (27), com a ajuda da plataforma de do desenvolvimento em blockchain Alchemy, que planeja ajudar mais desenvolvedores a integrarem a solução de escalabilidade em suas aplicações.

Até agora, mais de 150 projetos solicitaram acesso prévio à solução de escalabilidade, segundo a CoinDesk.

A votação para a implementação está acontecendo por meio de um votação que também será finalizada amanhã. Qualquer um pode votar com tokens que delegaram a si mesmo ou tokens que foram delegados a si.

A votação é realizada por meio da assinatura de uma mensagem na MetaMask em vez de realizar uma transação no blockchain. Até agora, 41,43 milhões de tokens UNI foram usados para votos a favor da proposta, e apenas 204 tokens UNI foram aplicados para votos contra.

“Considerando que a votação seja aprovada, pretendemos fornecer suporte à comunidade ao aplicar os contratos autônomos da terceira versão à Arbitrum! Já começamos a trabalhar no suporte de interface e planejamos a implementação”, tuitou Hayden Adams, fundador da Uniswap.

Se a Uniswap for implementada à Arbitrum, fornecerá uma maneira de usuários da DEX converterem tokens da Ethereum a um custo bem inferior.

Isso ajudará na competitividade da Ethereum contra blockchains de alta taxa de processamento, como o Binance Smart Chain — que passou por um aumento de volume nos últimos meses —, bem como sidechains, como Polygon.

Esperava-se que a Uniswap fosse lançada este mês na Optimism, outra solução de escalabilidade que também usa “optimistic rollups”, mas com algumas diferenças na implementação técnica. Porém, em março, Optimism adiou o lançamento de sua rede principal para julho.

Então, já que Arbitrum será lançada antes, a implementação da Uniswap a ajudará a manter sua participação de mercado. A corretora planeja implementar Optimism quando tiver sido lançada.

Por que apenas uma votação?

A Uniswap possui um sistema de governança “on-chain” que permite que detentores de tokens decidam como o protocolo é desenvolvido. Porém, essa atualização visa entrar em vigor sem um voto de governança formal — algo que surpreendeu alguns participantes da comunidade.

A equipe da Uniswap explicou que atualizações acontecem de uma forma ou de outra. Ou o sistema de governança on-chain propõe e vota por uma mudança no protocolo ou a equipe implementa a atualização com apoio suficiente da comunidade.

Na teoria, a equipe também pode fazer a implementação mesmo assim se considerar que seja do interesse da comunidade. Essas opções são mostradas no diagrama abaixo.

Adams disse que essa proposta específica “teve um suporte surpreendentemente enorme. Decidimos implementá-la nós mesmos.

Como parte Licenciada, não precisamos de uma autorização”. Isso se diferencia de uma votação de governança on-chain, que permite que a comunidade conceda usos adicionais do código principal em vez de a equipe principal concedê-los.

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