Coluna do Cadu Guerra

Sua carteira está pronta para os 3 caminhos do Copom sobre a taxa Selic? Veja isso antes

08 jun 2022, 15:15 - atualizado em 08 jun 2022, 15:35
Mercados Investimentos Gestoras de Recursos
Esteja preparado desde já para o que der vier na próxima reunião do Copom, que define os novos rumos da taxa Selic. Leia a coluna do Cadu Guerra, CEO do Allugator (Imagem: Unsplash/Frank Busch)

Estamos chegando no meio do ano de 2022, em um cenário de incerteza e insegurança do mercado. Uma guerra acontecendo do outro lado do mundo, ano eleitoral e um “pós” pandemia, a realidade é que pouca gente sabe, ou acredita que sabe sobre o futuro dos seus investimentos.

Com o aumento da taxa Selic, a taxa básica de juros do país, os investimentos de renda fixa se tornam mais atrativos, permitindo que investidores não precisem correr mais tantos riscos em investimentos de renda variável para conseguir rentabilizar e proteger seu patrimônio.

A tendência de aumento já vem desde o começo do ano passado, quando passamos de 2% para 2,75%, e desde então, a Selic não para de crescer.

A semana que vem vai ser decisiva para os próximos anos, podendo ser a responsável por causar a nova tendência do mercado.

3 caminhos, mas só um destino

Na próxima terça-feira (14) se inicia a reunião do Copom, que decide se a taxa de juros continua a subir, como diz a tendência, se mantém, ou reduz. Mas o que significa cada uma dessas coisas?

Se o Copom aumentar a taxa de juros, confirmando a tendência de subida, o mercado de renda variável vai perder ainda mais investidores, a poupança e outros títulos de renda fixa vão ficar mais atrativos ainda e menos gente estará disposta a arriscar.

Caso a escolha seja por manter a taxa de juros em 12,75%, isso dá um sinal de mudança para o mercado, ou seja, o cenário de juros crescentes cessou e o mercado “se estabilizou”, então a tendência é que a próxima mudança seja a manutenção da taxa, ou até uma queda.

A outra opção é a redução da taxa de juros, que apesar de improvável, sempre pode acontecer, levando em conta que estamos em um ano eleitoral e todos os outros pontos de mercado macro, como a guerra na Ucrânia.

Essa queda, pode significar o começo de outro ciclo de quedas, estimulando pessoas a correrem mais riscos, porque o custo do capital será menor.

A realidade é que só vamos saber de fato o que vai acontecer no futuro, quando estivermos vivendo ele. O que resta a nós, meros mortais, é esperar a reunião do Copom na semana que vem e aí sim poderemos ver o que vai acontecer com nossos investimentos.

O que fazer até lá?

A principal dica que eu posso deixar nesse cenário é a seguinte: se prepare para todos os possíveis resultados.

A melhor alternativa para lidar com tempos incertos é uma carteira diversificada, às vezes com ativos negativamente relacionados. Isso é o que o escritor e filósofo Nassin Nicholas Taleb chama de uma decisão antifrágil.

Ou seja, que te dá resultados positivos (ou pelo menos controla os danos) em basicamente todos os possíveis acontecimentos.

Esse é o benefício e a beleza da diversificação. É uma proteção contra a imprevisibilidade do mercado que já vimos várias vezes durante a história e que vamos ver novamente na próxima semana.

Aproveite para conferir todas as Colunas do Cadu Guerra aqui no Money Times.

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Minibiografia: Cadu Guerra é CEO do Allugator, maior plataforma de assinatura de aparelhos eletrônicos da América Latina.
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