Coluna do Beto Assad

Tenha este investimento para não ser abatido pelo conflito entre EUA e China

04 ago 2022, 9:48 - atualizado em 04 ago 2022, 9:48
China e EUA
Se você quer proteger os seus investimentos, o ideal será seguir a fórmula básica para momentos de crise. Leia a coluna do Beto Assad, consultor para o Kinvo. (Imagem: REUTERS/Jason Lee)

Esta semana começou nos apresentando mais uma bagunça no cenário geopolítico mundial. E é hora de proteger mais do que nunca os seus investimentos.

Não bastasse a guerra entre Rússia e Ucrânia, que já se arrasta a vários meses, os EUA resolveram colocar o famoso dedo numa das principais feridas da China.

Depois de 25 anos, uma autoridade norte-americana resolveu “visitar” a ilha. A pessoa em questão foi a presidente da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi, segunda na linha de sucessão presidencial americana.

A parada na ilha fez parte de uma série de visitas que a congressista está fazendo em países da Ásia.

Mas se por um lado os outros países a serem visitados não causam comoção mundial, o passeio pela ilha invocou a fúria do governo chinês, que considera Taiwan uma província rebelde que faz parte do seu território.

Reação chinesa

Sem entrar em detalhes sobre essa disputa territorial, o que mais trouxe preocupação para o mundo foi a reação chinesa.

Primeiro o presidente chinês Xi Jiping ligou pessoalmente para o americano Joe Biden para “reclamar” da vista, e ainda deixou claro que os EUA estavam brincando com fogo.

Depois da repercussão sobre o exército chinês promovendo exercícios militares ao sul do país, numa região onde se é possível atacar Taiwan. Muito se especulou que o próprio avião que levava a congressista poderia ser atacado pelos chineses, o que seria uma declaração imediata de guerra.

Enquanto muitos analistas dentro dos EUA questionavam a finalidade estratégica dessa visita de Pelosi, já que em nada agregou ao já conturbado momento geopolítico, o que se viu foi o avião da comitiva americana pousar “tranquilamente” na ilha.

E para jogar um pouco mais de gasolina na fogueira, a congressista ainda fez um discurso enaltecendo a democracia de Taiwan, antes de partir para os outros países de sua agenda de visitas.

A atitude, encarada como uma clara provocação ao governo chinês, ainda está longe de ter um desfecho previsível, já que as promessas de retaliação feitas por Xi Jiping ainda continuam sobre a mesa.

Uma possível invasão da ilha taiwanesa parece ganhar força por parte dos chineses após o episódio, e isso causaria uma enorme repercussão no mundo todo.

Fato é que uma escalada militar entre as duas principais potências econômicas do mundo seria um novo baque na já cambaleante economia mundial.

E quando colocamos ainda a importância de Taiwan na balança, a principal fornecedora mundial de chips e semicondutores, dá para se ter uma ideia do tamanho do problema.

Busque proteger sua carteira

Se a invasão de fato acontecer e uma guerra eclodir, a chance de uma crise econômica se agravar é enorme. Nesse caso, se você quer proteger seu capital, o ideal será seguir a fórmula básica para momentos de crise.

Busque ativos de alta liquidez e baixo risco, algo que já vem sendo feito antes mesmo dessa possibilidade de conflito. No caso brasileiro, produtos atrelados ao CDI continuam sendo uma ótima alternativa, ainda mais com a Selic em sua trajetória de alta.

Quanto à renda variável, mantenha-se distante das ações de setores mais arriscados e dependentes de juros baixos, como setores de tecnologia, varejo e aéreas.

Nestes momentos, o mais adequado é apelar aos famosos setores defensivos, como de energia elétrica, saneamento, grandes bancos e seguradoras.

São empresas que, quando bem escolhidas, tendem a ter menos volatilidade e costumam ser boas pagadoras de dividendos.

No mais, o que nos resta é torcer para que o momento tenso não desencadeie um conflito de proporções preocupantes.

O mundo já vem sofrendo bastante com as consequências da pandemia de Covid-19 e a guerra no território ucraniano.

O que menos precisamos agora é um conflito entre as duas superpotências. Os pacifistas, como eu, agradecem.

Aproveite para conferir todas as colunas do Beto Assad aqui Money Times.

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Disclaimer

Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Analista e consultor financeiro no Kinvo
Beto Assad é analista de ações e consultor financeiro para o Kinvo, aplicativo que consolida investimentos de bancos e corretoras em um só lugar. Formado em Administração pela EAESP/FGV em 2004. Fez estágio na BM&F e tornou-se empreendedor antes de voltar ao mercado financeiro em 2009, trabalhando na Leandro&Stormer. Trabalhou posteriormente na Futura Invest, onde conheceu os sócios que criaram o Kinvo. Hoje, atua como analista de ações (CNPI-T) e é consultor de mercado financeiro.
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Beto Assad é analista de ações e consultor financeiro para o Kinvo, aplicativo que consolida investimentos de bancos e corretoras em um só lugar. Formado em Administração pela EAESP/FGV em 2004. Fez estágio na BM&F e tornou-se empreendedor antes de voltar ao mercado financeiro em 2009, trabalhando na Leandro&Stormer. Trabalhou posteriormente na Futura Invest, onde conheceu os sócios que criaram o Kinvo. Hoje, atua como analista de ações (CNPI-T) e é consultor de mercado financeiro.
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