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Tokenização: Por que a revolução dos tokens está apenas começando?

26 jul 2022, 16:58 - atualizado em 26 jul 2022, 16:58
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“Encontra-se a combinação perfeita para a consolidação da tokenização nos mais diferentes mercados”, afirma Cássio Krupinsk (Imagem: Freepik/upklyak)

Por Cássio Krupinsk, CEO da BlockBR*

Se você ainda não ouviu a expressão tokenização, é bom não perder mais tempo. Cedo ou tarde, esse novo modelo de negócio vai fazer parte da sua vida – esteja preparado para ele ou não. A transformação de ativos físicos em digitais é a grande tendência tecnológica que se aproxima nos mais diferentes setores, a ponto de transformar áreas inteiras e criar uma dinâmica econômica própria.

Essa expressão ganhou força nos últimos anos por nomear uma consequência direta da transformação digital que vivenciamos atualmente. Ora, se a maioria dos processos que regem diferentes aspectos da nossa vida está migrando para o ambiente virtual, era evidente que os ativos financeiros seguissem o mesmo caminho.

A questão era como fazer isso de forma segura, transparente e, claro, eficiente sem colocar em risco os bens e ativos de pessoas e empresas.

A resposta passa pela popularização da tecnologia blockchain, que se potencializou a partir das criptomoedas na última década. Passada a resistência inicial, ficou claro para todos que não existia recurso melhor para digitalizar ativos reais.

Além de proteger as informações por dividi-las em pequenos blocos criptografados, tornando quase impossível sua alteração, ela oferece a possibilidade de um smart contract (contrato inteligente), que serve como documento para determinar as regras de funcionamento daquele ativo.

Portanto, em um cenário que se discute a possibilidade do metaverso e da aceleração digital em praticamente toda a nossa vida, são os tokens que irão garantir o sucesso das operações financeiras nessa nova realidade.

Hoje esse conceito pode soar estranho ou até despertar preocupação em muitos profissionais. Mas não se engane: num futuro próximo vai ser tão popular quanto a própria internet.

Tokenização ainda está em seu início

A despeito de toda empolgação e dos diferentes projetos que já existem pelo mundo, o processo de tokenização está apenas em seu início.

Ou seja, ainda há um grande espaço de crescimento e consolidação por meio do sucesso (e até do fracasso) de alguns cases. Diversos setores começam a explorar as possibilidades que esse conceito tem a oferecer em seus modelos de negócio.

Para se ter uma ideia, um levantamento da consultoria MarketsandMarkets estima que o mercado global de tokenização deve crescer 19% ao ano até 2026. O setor vai passar de US$ 2,3 bilhões em 2021 para US$ 5,6 bilhões daqui a cinco anos.

O crescimento é impulsionado justamente pelo amplo espaço de adesão entre os consumidores, o que faz com que diferentes empresas comecem a investir pesadamente no assunto.

Além disso, é necessário ressaltar mais dois tópicos. Primeiro, é o número baixo de empresas e, principalmente, de profissionais dedicados a facilitar esse procedimento – como toda novidade, é necessário aprofundar novos conhecimentos.

Isso se reflete na segunda questão, que é a necessidade de atualizar os marcos regulatórios que regem temas como tecnologia e finanças.

Sendo assim, encontra-se a combinação perfeita para a consolidação da tokenização nos mais diferentes mercados: há uma demanda crescente entre os usuários, espaço para construção de projetos inovadores, debate público intenso acerca de suas possibilidades e avanço da mão de obra em conjunto com a própria tecnologia. É questão de tempo para avançar ainda mais no cenário global.

E até onde os tokens podem chegar?

Evidentemente, toda fase de crescimento exponencial de uma tecnologia é sucedida por uma etapa de consolidação e amadurecimento. Mas como seria em relação à tokenização? Simples: a utilização completa em todos os setores.

Por suas inúmeras possibilidades, uma vez que pode servir como chave de acesso, moeda de troca e plataforma de engajamento, a tendência é ganhar espaço nos mais variados mercados.

O varejo, até por suas características de inovação e aproximação com os consumidores, saiu na frente nessa corrida, segundo o levantamento já citado da MarketsandMarkets.

Não é difícil encontrar grandes redes varejistas que utilizam os tokens para promoverem programas de relacionamento e oferecerem descontos e promoções como forma de atração e fidelização de clientes.

Entretanto, outros setores bem mais complexos também exploram as oportunidades da tokenização. O mercado imobiliário, por exemplo, começa a desenvolver os primeiros projetos com a missão de desburocratizar e democratizar o acesso a empreendimentos.

A indústria de mineração, por sua vez, utiliza os tokens para facilitar a negociação de metais preciosos. Já empresas automotivas fazem a antecipação de recebíveis com essa tecnologia.

Como se vê, até mesmo as áreas bem mais complexas e burocráticas percebem na tokenização uma forma eficiente de fazer negócios e encontrar novas oportunidades.

Esse novo modelo vai crescer muito justamente por facilitar processos e ampliar possibilidades. Portanto, não se espante com o que vai acontecer no futuro. A revolução dos tokens está só começando!

*Cássio Krupinsk é CEO da BlockBR, fintech de digital assets marketplace e investimentos

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