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Trimestre da Ambev será menos ruim que o esperado, mas isso não basta

08 jul 2020, 14:54 - atualizado em 08 jul 2020, 14:55
Skol Ambev ABEV3
Quadrado: desempenho da Ambev não cai bem para o Credit Suisse (Imagem: Instagram/ Skol)

Quando divulgar os resultados do segundo trimestre, em 30 de julho, a Ambev (ABEV3) deve mostrar que os últimos meses não foram tão ruins, quanto os analistas esperavam. A avaliação é do Credit Suisse, em relatório obtido pelo Money Times. Para o banco suíço, isso não significa que seja hora de comemorar.

Mesmo melhorando as estimativas do segundo trimestre, Marcella Recchia, que assina a análise, manteve a recomendação neutra para os papéis. O preço-alvo subiu ligeiramente de R$ 14,50 para R$ 15, o que implica numa alta potencial de 4,4% nos próximos 12 meses.

Recchia atribuiu a elevação unicamente ao menor custo de capital para os acionistas (Ke), que indica a rentabilidade mínima que um investidor busca no papel.

Conjuntura

O Credit Suisse observa que a Ambev foi beneficiada, no segundo trimestre, por um relaxamento mais rápido das medidas de isolamento social, que permitiram uma maior circulação de pessoas e a reabertura de bares e restaurantes. Outro ponto a favor da cervejaria foi a falta de produtos de concorrentes nos supermercados e hipermercados.

Por isso, o banco estima, agora, uma queda de 13% no volume de cervejas, sobre o mesmo período do ano passado. A previsão inicial era de um tombo de 30%. Ainda assim, o menor impacto nas vendas não foi suficiente para evitar uma queda no preço médio dos produtos da Ambev, estimada pelo Credit Suisse em 2%.

O indicador que mais desagrada a analista, contudo, é o ebitda. Embora reconheça os esforços da empresa para reduzir custos, Recchia avalia que não bastaram para compensar a queda de vendas e a mudança no mix de consumo. Por isso, o banco calcula um ebitda de R$ 1,3 bilhão, 33% menor que o do segundo trimestre de 2019.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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