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Ultrapar, dos postos Ipiranga, perde R$ 593 milhões com rede de farmácias

19 fev 2020, 22:10 - atualizado em 19 fev 2020, 22:10
Extrafarma
A Ultrapar deixou a estratégia de expansão acelerada da Extrafarma em diversas regiões (Imagem: Facebook/Extrafarma)

O conglomerado Ultrapar (UGPA3) faz uma baixa contábil de R$ 593 milhões referente ao valor recuperável de ativos de seu negócio de drogarias, a Extrafarma, o que pesou no resultado do grupo no quarto trimestre, com prejuízo de R$ 268 milhões.

Excluindo efeitos não recorrentes, a Ultrapar teve lucro ajustado de R$ 133 milhões entre outubro e dezembro.

A baixa contábil refere-se a um ajuste no ágio da aquisição, explicou a companhia do relatório de resultados.

A Ultrapar ressaltou ainda que deixou a estratégia de expansão acelerada da Extrafarma em diversas regiões para uma consolidação em locais de maior rentabilidade.

“Além disso, direcionamos os investimentos para melhorar nossa estrutura logística e sistemas de informação, aumentando a eficiência da operação, reduzindo o capital de giro empregado e elevando o nível de serviço aos nossos clientes”, informou a empresa.

De acordo com o documento, a venda de produtos de marca própria, além de personalização de promoções e o novo centro de distribuição em São Paulo contribuíram para a geração de caixa positiva no segundo semestre do ano.

A geração de caixa ficou positiva em R$ 22 milhões no quarto trimestre, comparado a um consumo de R$ 86 milhões um ano antes.

A Extrafarma encerrou 2019 com 416 lojas, sendo 29 aberturas e 46 fechamentos no ano, uma redução de 4% na sua base.

Operações patinando

A receita bruta da Extrafarma ficou em R$ 528 milhões no quarto trimestre de 2019, estável em relação ao ano anterior, principalmente em função dos efeitos relacionados à estabilização do sistema. Em 2019, a receita bruta totalizou R$ 2.174 milhões, 2% superior ao ano anterior.

O Ebitda no final de 2019 foi negativo em R$ 36 milhões , excluindo o efeito da baixa contábil, em comparação a R$ 15 milhões negativos no quarto trimestre de 2018.

¹ Não considera o impairment no ágio da aquisição no 4T19 ² Considera segregação das despesas da Holding

“O resultado foi ainda influenciado por uma baixa de investimentos de R$ 20 milhões, em função da depuração de lojas com baixo desempenho, e por um resultado negativo de R$ 9 milhões na linha de outros resultados operacionais relacionados a créditos fiscais extraordinários”, diz a empresa.

Em 2019, o Ebitda da Extrafarma, excluindo os efeitos do impairment, totalizou R$ 67 milhões negativos, redução de 43% em
relação a 2018.

(Com Reuters)

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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