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Vale: preço do minério de ferro vai despencar, mas e daí? Compre as ações, diz UBS

29 out 2020, 15:57 - atualizado em 29 out 2020, 15:58
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Boa margem: para o UBS, Vale pode operar com preço do minério até US$ 55 por tonelada (Imagem: Vale/Marcelo Coelho)

Quem lê o cenário traçado pelo UBS para o mercado de minério de ferro pode se perguntar como as mineradoras (e a ValeVALE3 -, entre elas) sobreviverão nos próximos anos. O banco suíço estima que a cotação do mineral despencará dos US$ 130 por tonelada, registrados em setembro, para US$ 70 até 2023.

Dois fatores pressionarão os preços, segundo o banco suíço. O primeiro é a desaceleração da demanda chinesa, representada pela estabilização da produção de aço do país. O segundo é o próprio aumento da produção da Vale, que deve acrescentar mais 80 milhões de toneladas de minério de ferro à oferta mundial até 2023.

À primeira vista, parece que a companhia dará um tiro no pé, mas Andreas Bokkenheuser, Cleve Rueckert e Cadu Schmidt, que assinam o relatório do UBS, mantêm o otimismo. A razão é que, nas contas do trio, o preço de US$ 70 por tonelada ainda permitirá à Vale operar com uma boa margem de lucro.

O UBS calcula que o preço mínimo para viabilizar as operações da Vale é de US$ 55 por tonelada. Por isso, o banco reforçou sua recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de US$ 13 para as ADRs (VALE) no intervalo e 12 meses.

Resultados

A Vale reportou lucro líquido de US$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 76% ante o registrado no mesmo período do ano passado, com impulso de melhores preços do minério de ferro em meio à forte demanda da China, informou a companhia nesta quarta-feira.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (ebitda) ajustado somou R$ 6,1 bilhões, versus US$ 4,6 bilhões no mesmo período do ano passado.

Veja o resultado da Vale.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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