Fundo Verde

Verde Asset: preços de ações (especialmente nos EUA) estão baratos

08 jan 2019, 11:46 - atualizado em 08 jan 2019, 11:56

“Banho de sangue”. É com esta expressão que a carta de dezembro da Verde Asset, do aclamado gestor Luis Stuhlberger, relata o mês de dezembro, período marcado pela desvalorização generalizada nos ativos de risco do mundo. As explicações para tal banho de sangue, aponta a gestora, são variadas.

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“Em linhas gerais, nossa visão é que o crescimento global vinha desacelerando, e isso se aprofundou. Junto disso, o custo do dinheiro em Dólares vinha subindo conforme o Federal Reserve apertava sua política. A combinação desses dois fatores nos últimos meses levou o mercado a extrapolar que uma recessão global está à espreita. Fatores técnicos de mercado (liquidez, posicionamento, janela do final do ano) exacerbaram os movimentos”, destaca o Verde.

Em relatório de gestão divulgado a clientes, a Verde Asset aponta para uma subvalorização do mercado acionário. “Nos parece que os preços de ações (especialmente nos Estados Unidos) estão baratos”, declara a carta.

Neste sentido, o fundo gerido por Luis Stuhlberger deverá aumentar a exposição na renda variável. “Após correções como a que vimos no último trimestre do ano, historicamente, tem excelente relação de retorno para o risco”, completa.

Outlook vs Prêmios de Risco

Segundo o Verde, o momento é de nível alto de incerteza. “Temos sinais claros de preocupação vindo do mercado de crédito, ainda existem dúvidas sobre o crescimento global e incertezas em relação à política monetária nos EUA. Podemos ainda incluir preocupações com a economia chinesa, guerra comercial e Brexit à lista de coisas a nos tirar o sono”, ressalta a avaliação.

Se o nível de risco parece ser alto, mas e o retorno?

“Aqui a resposta é inequívoca: nos últimos meses observamos um aumento relevante do prêmio de risco em alguns mercados. Olhando o mercado acionário por exemplo, o S&P teve uma queda em sua relação preço/lucro muito expressiva. Num momento como esse, formular uma tese de investimento com base em estimativas de lucro não nos parece o mais prudente, uma vez que o mercado está justamente questionando tais estimativas”, questiona a gestora.

Na avaliação do lucro corrente, o S&P negocia próximo a 15 vezes. “Ou seja, um múltiplo baixo mesmo assumindo zero de crescimento. Considerando ainda que os juros longos (10Y) caíram bastante, temos um equity risk premium que se elevou muito chegando a 4,2%”, pontua.

“A trajetória de curto prazo pode ser volátil e ainda incluir correções relevantes nos preços dos ativos, mas para um horizonte mais longo, é difícil negar que o retorno esperado dos ativos de risco parece atraente”, conclui.

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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