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Volkswagen queima US$ 2,2 bilhões por semana com produção parada por coronavírus

27 mar 2020, 14:02 - atualizado em 27 mar 2020, 14:02
Presidente da Volkswagen, Herbert Diess Empresas Setor Automotivo
A disciplina que tínhamos na China ainda não temos em nossas unidades na Alemanha”, afirmou o presidente (Imagem: Reuters/Ralph Orlowski
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A Volkswagen pode ter que cortar empregos se a pandemia de coronavírus não for controlada, uma vez que a montadora está gastando cerca de 2 bilhões de euros (2,2 bilhões de dólares) por semana com a produção parada, disse o presidente-executivo do grupo, Herbert Diess, ao canal de TV alemão ZDF.

Diess disse que a empresa, que emprega 671 mil pessoas em todo o mundo, não está realizando vendas fora da China e que está procurando maneiras de retomar a produção em outros lugares sem colocar em risco funcionários.

“Precisamos repensar a produção. A disciplina que tínhamos na China ainda não temos em nossas unidades na Alemanha”, afirmou.

“Somente se nós, como China, Coreia ou outros Estados asiáticos, controlarmos o problema, teremos a chance de passar pela crise sem perder empregos. Isso requer uma intervenção muito acentuada”, disse Diess.

A demanda na China está aumentando novamente, mas a produção está apenas na metade do nível anterior à crise, disse ele.

A Volkswagen, maior montadora de veículos do mundo em vendas, possui 124 fábricas, das quais 72 estão na Europa, e 28 na Alemanha. A empresa suspendeu a produção na Europa no início deste mês por causa da pandemia.

A Volkswagen está trabalhando em maneiras de retomar a produção com trabalhadores mantendo distâncias seguras entre si, inclusive aumentando a higiene e a desinfecção, disse Diess.

“Não estamos vendendo ou gerando receita fora da China”, disse Diess, acrescentando que a Volkswagen ainda tem que cobrir um alto nível de custos fixos de “cerca de 2 bilhões de euros por semana”, disse ele à ZDF.