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Web 3.0, DeFi, Metaverso e NFTs — O que 2022 reserva para o mercado cripto?

15 dez 2021, 14:11 - atualizado em 15 dez 2021, 15:22
Criptomoedas Executium bitcoin ether
O estudo da Mercurius aponta possibilidade uma grande movimentação no mercado de plataformas de contratos inteligentes, como a Ethereum. (Imagem: Unsplash/Executium)

O ano de 2021 pode ser considerado um dos mais importantes e fundamentais para os investidores desse mercado, segundo um dos fundadores da casa de análises Mercurius Crypto, Orlando Telles, ao Money Times

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O analista avalia que o crescimento e amadurecimento de setores e ativos, bem como o surgimento de novos, apontam para um 2022 mais agitado ainda.

Segundo estudos realizados pela casa de análise, é crucial observar o crescimento significativo das plataformas de contratos inteligentes — que retirou grande participação de mercado do Bitcoin, diz o texto. 

Dessa forma, é destacado a importância da consolidação da Ethereum, além do desenvolvimento de ecossistemas como os da Solana, Polkadot e Avalanche.

De acordo com Telles, a ascensão do mercado de NFTs (tokens não fungíveis) e dos games em blockchain introduziram um dos conceitos mais revolucionários do mercado de criptomoedas: o “play to earn”, no qual o usuário ganha dinheiro por jogar.

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O analista destaca o crescimento de metaverses, como o game Axie Infinity e o The Sandbox.

Confira também a análise completa do Orlando sobre o setor de metaverso e jogos em blockchain:

O que nos trará 2022?

Na visão do analista da Mercurius, entre os aspectos que devem ficar no radar da comunidade cripto está a grande pressão regulatória para o mercado, em especial para o segmento de finanças descentralizadas (DeFi).

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Ele comenta que as autoridades regulatórias norte-americanas e europeias já mostram sinais claros de ressalva quanto ao mercado de Stablecoins (criptomoedas lastreadas em dólar), expondo indícios de uma agenda regulatória mais focada em criptoativos para o próximo ano.

Ele continua dizendo que, no curto prazo, este cenário pode ter um efeito negativo no mercado dado a insegurança regulatória.

No entanto, para o longo prazo, há uma perspectiva bem positiva para os protocolos que já estão mais à frente da regulação e tendem a se adequar mais rápido, avalia. 

Um dos exemplos citado pelo especialista, foi a Aave, que deve iniciar o Aave Arc no próximo ano, produto com KYC/AML desenhado para atender o público institucional, e a Uniswap, que busca estabelecer parcerias com players centralizados de grande porte, como o Paypal.

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“Movimentações como essas podem proporcionar um grande crescimento para o mercado DeFi no segundo semestre do próximo ano”.

Além disso, a mudança da política monetária ao redor do mundo também pode afetar o mercado de criptoativos de forma negativa, especialmente o Bitcoin, diz. 

Segundo Telles, esse é um movimento que deve acontecer no próximo trimestre, devido a amenização da pandemia e o aumento significativo da inflação em diversos países.

Telles explica que este cenário pode inibir a presença de investidores institucionais que, devido às baixas taxas de juros, passaram a diversificar e aumentar a possibilidade de retorno de suas carteiras.

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“Essa classe de investidores pode enxergar nesta movimentação um risco ainda maior em suas posições no mercado”, diz. 

Setor de contratos inteligentes – escalabilidade e atualizações

O estudo da Mercurius também aponta que em termos de atualizações dos protocolos deve-se observar uma grande movimentação, especialmente no mercado de plataformas de contratos inteligentes, como a Ethereum.

Uma das mudanças mais esperadas deve ocorrer logo no primeiro semestre de 2022 com a implementação do “Proof of Stake”, em um evento conhecido como “The Merge”.

Esta alteração terá um impacto significativo na política monetária do ativo e deve afetar, de forma positiva, o seu valor, de acordo com a casa de análises. 

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Além disso, pode-se destacar um mercado voltado para o processo de escalabilidade de blockchain, devido ao grande crescimento das plataformas de contratos inteligentes, diz a Mercurius.

Com isso, ativos como a Polygon (MATIC), solução de segunda camada da rede da ETH, devem apresentar uma evolução considerável.

No setor de contratos inteligentes é previsto a consolidação de algumas soluções de primeira camada (Layer 1), com a expansão de diversos ecossistemas, como o da Solana, e a Polkadot, que deve ver o amadurecimento das primeiras parachains operantes em sua rede.

Cripto muito além do Bitcoin

Na análise da Mercurius, é apontado que um dos aspectos que o ano de 2021 ajudou a consolidar foi que criptoativos não são apenas Bitcoin, e que na verdade trata-se de uma rede complexa com inúmeras aplicações, desde games até infraestrutura do setor financeiro.

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O resultado dessa conscientização, segundo Telles, foi a entrada de capital de fundos venture capital nunca observada, fazendo com que 2021 possa ser considerado o maior ciclo de investimento no mercado de criptomoedas da história.

Este grande volume de capital tende a ter impactos significativos no longo prazo, principalmente nos últimos trimestres de 2022 e no início de 2023.

“Acredito que o próximo ano evidenciará novos segmentos do mercado de criptomoedas, como a Web 3.0, o armazenamento de dados criando um mercado ainda mais independente com muitos casos de uso, e os investimentos em infraestrutura que estão sendo realizados para o segmento DeFi e de games em blockchain.”

Na opinião do analista, todas essas movimentações serão essenciais para um ciclo ainda maior nos próximos anos, o que pode tornar esses setores mainstream.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
leonardo.cavalcanti@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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