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XP: Só uma ação do e-commerce irá se salvar nos resultados do 4T2021; veja qual

12 fev 2022, 15:27 - atualizado em 12 fev 2022, 18:55
Lojas Americanas
Segundo a XP, a empresa será beneficiada pela menor exposição a bens duráveis e uma base de comparação mais fraca

Prevendo impactos econômicos no varejo, a XP Investimentos espera resultados fracos para empresas de e-commerce.

No entanto, uma companhia deverá divulgar resultados melhores que os concorrentes: a Americanas (AMER3).

Segundo a XP, a varejista será beneficiada pela menor exposição a bens duráveis e uma base de comparação mais fraca.

Ainda de acordo com a corretora, devido à menor renda disponível dos consumidores, a rentabilidade deve seguir pressionada frente ao aumento de custos e concorrência mais acirrada.

Outros segmentos do varejo

O segmento de varejistas de alimentos também deve penar no quarto trimestre, uma vez que a alta da inflação reduz o poder de compra dos consumidores enquanto a recuperação de bares e restaurantes foi prejudicada pela onda da Ômicron.

Com isso, a XP espera que os hipermercados continuem apresentando resultados mais fracos por conta da dinâmica mais desafiadora de não-alimentos, com o Extra tendo feito uma forte liquidação de estoques para preparar a transferência dos ativos para o Assaí (ASAI4).

“Esperamos que o atacarejo siga como o formato mais resiliente, embora ele também seja impactado pela piora do cenário macro. Vemos o Assaí como o destaque positivo e Carrefour Brasil (CRFB3) como negativo, principalmente na operação de varejo”, informa.

Já os resultados do GPA (PCAR3) seguirão pressionados pela liquidação do Extra, sendo que os investidores focarão no desempenho do negócio remanescente, “que acreditamos que será mais resiliente”.

XP corta preço-alvo das varejistas

Neste semana, a XP cortou o preço-alvo das varejistas por conta da economia mais fraca.

Dentre as empresas brasileiras, a corretora manteve recomendação neutra dos ativos do setor, como Americanas, Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Enjoei (ENJU3).

O preço-alvo de cada empresa foi reavaliado para o final de 2022: a Americanas foi calculada em R$ 45, alta de 12% frente o valor atual; a Magalu, a R$ 18 crescimento de 50%; a Via, em R$ 10, alta de 42%; e a Enjoei foi precificada em R$ 7, aumento de 40%.

Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, analistas que assinam o relatório, avaliam o cenário macroeconômico como o principal fator por trás da performance negativa do setor.

Segundo eles, a alta das taxas de juros e inflação, o baixo crescimento do PIB, e a incerteza política presente este ano contribuem para tanto.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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