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Vivara (VIVA3): 4T23 foi ‘um fracasso’, mas empresa tem vantagem sobre pares; por que comprar?

21 mar 2024, 13:51 - atualizado em 21 mar 2024, 14:54
Vivara
Por volta de 13h35, Vivara despencava 10,01% (Imagem: Facebook/Vivara)

A Vivara (VIVA3) despenca após divulgar o balanço do quarto trimestre de 2023 (4T23), que frustrou as expectativas do mercado. Por volta de 13h35, as ações despencavam 10,01%, a R$ 24,08.



No período, a companhia viu uma queda anual de 8,6% no lucro líquido, chegando a R$ 144,1 milhões. Na outra ponta, a empresa apresentou um receita líquida com avanço de 20,8%, assim como as vendas consolidadas aumentaram 24% no ano, chegando a R$ 1 bilhão.

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Em análise divulgada pela Ágora Investimentos, a analista Flávia Meireles, da mesma corretora, e Pedro Pinto, do Bradesco BBI, destacam que esta foi “uma semana para esquecer” para a empresa.

Os especialistas acreditam que os números foram afetados pelo menor volume de crédito presumido e pelos benefícios fiscais do lucro de exploração, devido aos menores níveis de produção.

“No final das contas, o crédito presumido impulsiona todas as métricas da empresa, pois flui totalmente da receita para o resultado final, enquanto o lucro da exploração reduz a alíquota do imposto de renda”, explicam.

Vale lembrar que, nesta segunda-feira (18), a companhia informou que Paulo Kruglensky abdicou ao cargo de CEO, dando lugar para a volta de Nelson Kaufman como novo presidente. Além disso, a Vivara anunciou um programa de recompra de ações, onde até 5% das ações estarão circulação nos próximos doze meses.

Para os analistas, neste momento, a dinâmica do último trimestre de 2023 não é um bom presságio para o sentimento dos investidores em relação à tese da companhia.

O Itaú BBA está em linha e avaliou que os resultados foram “um fracasso”. Para a casa, o foco dos investidores, agora, está nos desenvolvimentos futuros da recente mudança de gestão.

Já para o BTG Pactual (BPAC11), embora a mudança na cadeira da diretoria traga preocupações, eles não esperam grandes mudanças na estratégia da empresa, especialmente no curto prazo.

Procurada pelo Money Times, a empresa não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para seu posicionamento.

Vivara: Por que comprar VIVA3?

Pinto e Meireles, do BBI e da Ágora, reduziram a projeção de lucro líquido para Vivara em 2024 em 4%, indo para R$ 430 milhões, motivo pelo qual o preço-alvo de VIVA3 foi reduzido de R$ 43 para R$ 35 para 2024.

Os analistas destacam que preservar um retorno sobre o capital investido (ROIC) de 5 a 10 pontos percentuais acima dos pares e ser um caminho relativamente claro para o crescimento no curto e médio prazo e deverá dar à Vivara “um prêmio em relação aos pares”. A recomendação segue sendo compra, em um último voto de confiança para a empresa.

O BBA tem recomendação outperform (desempenho esperado acima da média do mercado — equivalente à compra) para VIVA3, com preço-alvo de R$ 39. Apesar do balanço ter desagradado, o BBA diz que as perspectivas de crescimento robusto nos próximos anos sugerem uma assimetria positiva entre risco e recompensa aos atuais níveis de preços.

Por fim, o BTG também recomenda a compra do papel, mas espera que a ação continue sob pressão no curto prazo.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
janaina.silva@moneytimes.com.br
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