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Alta da Selic, sem economês, para que você entenda de uma vez por todas

25 maio 2022, 8:16 - atualizado em 25 maio 2022, 8:24
Inflação, Selic, Renda Fixa
Alta da Selic: o mercado desacelera, ao mesmo tempo em que os investidores se tornam mais conservadores. Leia na íntegra a coluna de Cadu Guerra, CEO do Allugator. (Imagem: Shutterstock)

Muito se fala sobre a alta da Selic e suas consequências na economia brasileira. Mas, como a maioria dos tópicos em economia, a discussão costuma ficar complexa e muito pesada no “economês”.

Então, resolvi simplificar alguns dos principais efeitos gerados por esse fenômeno, que já é relativamente comum no contexto brasileiro, na nossa vida abordando duas perspectivas: empresarial e investidora.

Do lado empresarial, a alta Selic, a taxa básica de juros, gera uma desaceleração do mercado. Isso acontece porque como diria nosso amigo Newton, toda ação gera uma reação.

As empresas percebem que o acesso ao capital fica mais caro e mais difícil, e consequentemente costumam tomar duas medidas:

  • Cortam gastos para preservar o seu caixa
  • Diminuem (ou cessam) investimentos de risco e em pesquisa e desenvolvimento.

Não precisa ser um gênio para entender porque isso aumenta o desemprego, as oportunidades e diminui a velocidade dos setores muito importantes.

Já do lado dos investidores, esse tipo de movimento cria uma zona de conforto difícil de se sair. Isso porque enquanto a bolsa de valores brasileira tem uma rentabilidade média anual de 7% ao ano (sendo generoso).

E isso significa que os investidores podem deixar o seu capital em um lugar com uma segurança maior, alocado em títulos que rendem 100% do CDI (12.75% ao ano).

A partir do momento que os investidores não precisam trabalhar muito para conseguir uma rentabilidade interessante para o seu capital, o dinheiro para financiamento de projetos, empresas e qualquer outra iniciativa, fica mais difícil… e caro.

Isso porque para oferecer uma oportunidade de investimento interessante para esses mesmos investidores, mesmo sabendo que eles vão se expor a um risco maior, quem quer captar dinheiro precisa oferecer um prêmio que valha a pena. Ou seja, o prêmio de risco precisa ser coerente.

Basicamente, esses dois efeitos podem ser percebidos no nosso dia a dia no curto prazo em resposta à alta da taxa básica de juros. O mercado desacelera, ao mesmo tempo em que os investidores se tornam mais conservadores.

Não estou fazendo essa análise com um viés negativo ou emitindo a minha opinião sobre esses eventos.

Estou apenas simplificando movimentos conhecidos, porque independente de qual é a sua opinião sobre, essa é a nossa realidade no momento e nós precisamos entender e determinar quais vão ser nossas ações para nos adaptar a qualquer cenário. Isso foi, é e sempre será determinante para o sucesso em qualquer lugar.

Clique aqui para conferir todas as colunas do Cadu Guerra.

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Minibiografia: Cadu Guerra é CEO do Allugator, maior plataforma de assinatura de aparelhos eletrônicos da América Latina.
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