Apenas 8 mulheres brasileiras estão na lista de bilionários da Forbes; veja quem são

O tradicional ranking da Forbes com as pessoas mais ricas do mundo indica que o Brasil possui 62 bilionários em dólar, entre herdeiros, famílias e empreendedores que começaram do zero. Mas, nesse clube do bilhão, há apenas 8 mulheres.

Trata-se de mais uma evidência da profunda disparidade de oportunidades entre os gêneros. Afinal, para acumular riqueza e alcançar o topo da pirâmide social, as mulheres precisam superar condições bem mais difíceis que os homens, como o preconceito de gênero, a sobrecarga de trabalho com a criação dos filhos e com os cuidados domésticos e a diferença salarial.

Veja, a seguir, quem são e o que fazem as oito bilionárias brasileiras no ranking da Forbes.

Em 1977, Lúcia Borges Maggi fundou, junto com seu marido, o Grupo Amaggi, um dos maiores produtores mundiais de soja e outras commodities agrícolas. Sua evolução patrimonial é impressionante. Em 2015, sua fortuna era estimada pela Forbes em US$ 1,15 bilhão.

Maria Helena Moraes Scripilliti é filha do fundador do Grupo Votorantim, José Ermírio de Moraes. A Votorantim é um dos maiores conglomerados industriais do Brasil, atuando em áreas que vão da construção civil, produção de cimento, alumínio, geração de energia até o agronegócio.

Em 1972, Dulce Pugliese e seu marido, Edson de Godoy Bueno, fundaram a Amil, uma das maiores operadoras de planos de saúde do Brasil. Desde então, sua atuação no setor de saúde e hospitalar se ampliou. A Amil realizou seu IPO (oferta pública inicia de ações) em 2007. Em 2012, 90% do capital da companhia foi comprado pela americana United Health por US$ 4,9 bilhões. Atualmente, Dulce possui 48% da Dasa.

Como o sobrenome indica, Ana Lúcia Villela faz parte da família que controla o Itaú Unibanco (ITUB4), um dos maiores bancos privados do país. Ela se tornou acionista aos oito ano de idade, quando seus pais morreram num acidente aéreo e lhe deixaram suas ações como herança. Ela é, também, uma das maiores acionistas individuais da Itaúsa (ITSA4), holding que controla o Itaú e outras empresas.

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Luiza Helena Trajano dispensa apresentações. A empresária foi responsável por transformar a loja fundada pela família, na qual foi contratada aos 18 anos, numa das maiores redes varejistas do Brasil. Atualmente, o valor de mercado do Magazine Luiza (MGLU3) é de cerca de R$ 23 bilhões. Luiza possui 17% da companhia.

Neide Helena de Moraes é neta de José Ermírio de Moraes, fundador do Grupo Votorantim, um dos maiores conglomerados industriais do país. Ela herdou uma fatia de 8% da Votorantim, após a morte de seu pai, José Ermírio de Moraes Filho, em 2001.

Anne Werninghaus é neta de Geraldo Werninghaus, um dos fundadores da Weg (WEGE3), uma das principais fabricantes de máquinas e equipamentos elétricos do Brasil. Atualmente, ela é a maior acionista individual da companhia, mas não exerce cargos no conselho de administração, nem na diretoria.

Vera Rechulski herdou do marido, Julio Mario Santo Domingo Jr, morto em 2009, participações acionárias em empresas como a AB Inbev, maior cervejaria do mundo, Keurig (fabricante de cafeteiras), Dr. Pepper (refrigerantes), e Kraft Heinz (alimentos).