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Até onde vai o Ibovespa em 2018? Veja as projeções de 12 analistas

18 jan 2018, 7:06 - atualizado em 18 jan 2018, 7:09
A média das estimativas ficou em 87.668 pontos, sendo a menor projeção 85 mil pontos e a maior 94 mil pontos

O ano de 2018 mal completou 15 dias e já é comemorado ao colecionar recordes nominais para o Ibovespa (IBOV). O índice ultrapassou os 81 mil pontos nesta quarta-feira (17) e acumula valorização de 6,3%. A grande pergunta que o investidor se faz agora é, claro, até onde a Bolsa brasileira pode chegar.

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Para responder a esta pergunta, o Money Times coletou as projeções de 12 analistas entre bancos, corretoras, gestoras e casas de análise, para ter uma direção. A média das estimativas ficou em 87.668 pontos, sendo a menor projeção 85 mil pontos e a maior 94 mil pontos. Os mais otimistas, contudo, falam em 100 mil pontos.

Vale lembrar que as estimativas no mercado de ações levam em conta o que se pode projetar agora, ou seja, quase 12 meses do final do ano. O exercício proposto não deve ser visto como um resultado exato, mas como um guia do que os profissionais que analisam o mercado conseguem enxergar em um ano tão nublado quanto este.

Surfando a onda

A onda surfada pelo Ibovespa está longe de ser o resultado de uma conquista nacional, mas é em grande parte resultado do ambiente de liquidez global que também mantém em recordes as principais bolsas do mundo. A melhora macroeconômica tem o seu papel, mas é o fluxo que tem sustentado o otimismo contínuo.

A bolsa brasileira acumula até o dia 15 um saldo líquido de investimentos externos de R$ 4,129 bilhões.

“A elevada liquidez financeira continuará a favorecer os mercados emergentes, com fluxos expressivos de divisas para esses mercados. O Brasil será beneficiado por esse cenário global benigno, a menos que o desenvolvimento de eventos domésticos em 2018 (eleições gerais e déficit fiscal elevado) agregue riscos maiores para a economia local”, escreve o Credit Suisse em seu relatório anual.

Eleições

A equipe do Itaú BBA, que vê o Ibovespa a 87.900 pontos, projeta um ano positivo como resultado da inflação sob controle, os juros baixos e a retomada do crescimento da economia. “Mas, obviamente que poderemos ver um aumento na volatilidade do mercado com a proximidade das eleições”, destacam. A bola levantada pelo banco tende a ser o grande tema do ano.

“Dependendo dos desdobramentos, principalmente da agenda política, teremos que considerar dois cenários para o mercado de ações. O primeiro está subentendido numa condição de stress no campo da política com respingos na economia. O segundo passa por uma situação de acomodação dos fatos levando a um processo eleitoral numa linha que agrade o mercado”, ressalta a corretora Planner.

“Enquanto o macro apontar para cima (em linha com a tendência do Ibovespa), devemos manter a nossa recomendação atrativa e utilizar os picos de volatilidades (temos alguns drivers ao longo do ano) para buscar novas compras”, ressalta a Benndorf Research, que em sua análise gráfica projeta o índice a 85 mil pontos.

100 mil pontos?

Em um ano cheio de dúvidas, alguns analistas optaram por também divulgar um cenário mais otimista, como o BB Investimentos.

“Voltamos a reafirmar a nossa expectativa que o Ibovespa atinja 90.000 pontos em dezembro de 2018, o que implica em um potencial de valorização superior à 20%. Chegamos neste número atribuindo 80% de chances de o cenário de ajuste fiscal ter continuidade após as eleições (o que poderia levar o Ibovespa aos 100.000 pontos) e 20% do ajuste fiscal ser interrompido (neste caso, o Ibovespa poderia ir para os 50.000)”, explicam os analistas do banco público.

Em um dos seus cenários, o BTG Pactual vê o Ibovespa a 109.722 pontos quando se considera que as reformas irão passar ainda este ano, como a da Previdência. Isso, ressalta o banco de investimentos, pode reacender os debates sobre quedas adicionais do juro e um nível real da Selic em aproximadamente 3%. Um futuro assim seria música para os ouvidos do mercado, porém com baixa probabilidade. Mas como as estimativas dependem mesmo do que vem pela frente, não custa nada sonhar.

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
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