Bancos

BC do Japão eleve projeções para inflação mas descarta aperto monetário

18 jan 2022, 7:34 - atualizado em 18 jan 2022, 7:35
Banco Central do Japão
Como esperado, o Banco do Japão manteve a meta para os juros de curto prazo em -0,1% e a promessa de guiar as taxas de longo prazo em torno de 0% na reunião encerrada nesta terça-feira (Imagem: REUTERS/Kim Kyung-Hoon/File Photo)

O banco central do Japão elevou suas estimativas de inflação nesta terça-feira mas disse que não tem pressa para mudar a política monetária ultrafrouxa, no momento em que o aumento dos preços alimenta especulações de que pode em breve sinalizar mudança em seu estímulo.

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, reconheceu que as pressões de preços estão aumentando, mas disse que o banco central não tem a intenção de elevar os juros com a estimativa de que a inflação permaneça abaixo de sua meta de 2% por anos.

“Não estamos debatendo um aumento dos juros“, disse Kuroda em entrevista à imprensa. “A projeção mediana dos membros da diretoria é de que a inflação fique em torno de 1%. Sob essas condições, não estamos absolutamente pensando em aumentar os juros ou em modificar nossa política monetária frouxa.”

Como esperado, o Banco do Japão manteve a meta para os juros de curto prazo em -0,1% e a promessa de guiar as taxas de longo prazo em torno de 0% na reunião encerrada nesta terça-feira.

O Japão não tem sido imune ao impacto da inflação global de commodities, com os preços no atacado subindo a um ritmo recorde e levando mais empresas a aumentar os preços, mudando a percepção pública de que a deflação vai persistir.

Em relatório trimestral, o banco central revisou para cima sua projeção de inflação para o ano que começa em abril a 1,1%, de estimativa anterior de 0,9%. Também elevou a perspectiva para o ano fiscal de 2023 a 1,1%, de 1,0%.

“Os riscos aos preços estão em geral equilibrados”, disse o banco no relatório. Em outubro a avaliação era de que os riscos seriam de baixa.

Analistas acreditam que o Banco do Japão ficará entre os últimos a reduzir o estímulo conforme a inflação continua baixa em comparação com muitas outras economias.

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