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Biosev consegue perdão de credores por descumprir limite de endividamento

28 jul 2020, 10:05 - atualizado em 28 jul 2020, 10:06
Exposição: com 91% da dívida atrelada ao dólar, Biosev ultrapassou limites impostos por credores  (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Biosev (BSEV3) informou que obteve o perdão (waiver) de todos os credores com quem possui contratos com cláusulas restritivas (covenants) de endividamento. Assim, o grupo sucroalcooleiro elimina o risco de os credores punirem-no com a cobrança antecipada de dívidas, por exemplo, o que poderia estrangular seu caixa.

A negociação tomou, como base, a situação da companhia em 31 de março, que encerra o seu quarto trimestre fiscal de 2020, já que a Biosev, como outras empresas de agronegócio, segue o calendário da safra agrícola.

No fato relevante, a companhia atribui o descumprimento do limite de endividamento “aos inúmeros fatores imprevistos e imprevisíveis que estão fortemente impactando economias globais, forçando atores e setores econômicos de extrema importância a uma situação de clara retração”.

Balanço

Nas demonstrações financeiras divulgadas nesta segunda-feira (27), a Biosev informa que encerrou março com uma dívida líquida de R$ 6,1 bilhões, 31% maior que a do mesmo período do ano passado. Já a dívida bruta subiu 22,4%, para R$ 7,3 bilhões. Para piorar, os recursos em caixa e equivalentes recuaram 7,7% no período, para R$ 1,2 bilhão.

A empresa atribui o aumento da dívida ao impacto da desvalorização de 33,4% do real frente ao dólar no período, o que impactou consideravelmente sua situação, já que 91% de suas dívidas estão atreladas à moeda americana.

Com os waivers concedidos pelos credores, a empresa manterá todos os prazos e condições de pagamento originalmente contratados. Com isso, a maior parcela da dívida bruta, cerca de R$ 6,2 bilhões, vencerá entre 2021 e 2022.

Veja o fato relevante divulgado pela Biosev.

Veja o relatório de resultados da Biosev.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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