Comprar ou vender?

Bradesco (BBDC4) ficou uma ‘pechincha’ após maior tombo em décadas?

17 nov 2022, 20:20 - atualizado em 17 nov 2022, 20:27
Bradesco
Apesar do potencial, o Bradesco continuará com a tendência negativa no curto prazo (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

O Bradesco (BBDC3) sofreu uma enxurrada de corte de preços-alvo e de recomendações de corretoras e bancos. Porém, para o JPMorgan o bancão caiu demais e abriu uma oportunidade de compra, com preço-alvo de R$ 21, potencial de alta de 35% ante o último fechamento.

A mudança fez o papel subir 2% em dia de queda generalizada dos mercados. Na quinta passada (10), a ação despencou 15%, perdendo R$ 28 bilhões, maior recuo diário em 20 anos.

Segundo os analistas, a ação negociada a 1x o P/BV (price to book value ou preço sobre o valor patrimonial por ação) traz um bom ponto de entrada, especialmente para investidores dispostos a suportarem esse ciclo mais difícil.

Os analistas lembram que o Bradesco negociou nesses patamares em duas ocasiões:

  • durante a recessão brasileira de 2015-2016;
  • Covid-19;

“Desde 2014 o Bradesco negociava a 1,7x P/BV médio, mas se voltar para a média de 2022 de 1,4x já poderíamos ver 40% de valorização com a reclassificação”, dizem.

Mas é preciso ter sangue frio com o Bradesco…

Apesar do potencial, o Bradesco continuará com a tendência negativa no curto prazo. Mesmo o JP recomendando a compra, o banco diminuiu o faturamento do Bradesco em 5% para 2023, a R$ 27 bilhões.

“Isso implica um ROE (retorno sobre o patrimônio) de 16% e agora estamos 4% abaixo do consenso da Bloomberg. Já estávamos há algum tempo abaixo do consenso, pois rebaixamos o nome em outubro devido a preocupações com a deflação e a qualidade dos ativos”, discorre.

Ainda segundo o banco, embora a avaliação seja atraente, “ainda vemos uma perspectiva nebulosa no curto prazo”.

“A orientação revisada implica um 4T22 muito desafiador (exigimos um ROE de ~13%) devido a provisões mais altas para perdas com empréstimos, mas acreditamos que isso seja mapeado e precificado pelos investidores”, diz.

Para 2022, o JP espera alta de 69% das provisões, patamar superior ao observado em 2016 e superior ao Itaú (ITUB4).

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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