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BTG Pactual: diante do coronavírus, prefira SLC e Brasil Agro a São Martinho

14 abr 2020, 9:41 - atualizado em 14 abr 2020, 9:41
SLC agricola
Linha de frente: a SLC é a favorita do BTG, no setor de agronegócios (Imagem: Instagram/SLC Agrícola)

O BTG Pactual (BPAC11) revisou suas recomendações para as empresas de agronegócios, a fim de atualizá-las com o impacto do coronavírus. Segundo o banco, os produtores de grãos e algodão apresentam, neste momento, um balanço mais razoável entre riscos e ganhos potenciais, que os usineiros de açúcar e álcool.

Thiago Duarte e Pedro Soares, que assinam o relatório, afirmam que o setor sucroalcooleiro tende a sofrer os efeitos colaterais da queda do barril de petróleo no mercado mundial. Isto porque, a Petrobras (PETR3; PETR4) deve acompanhar a curva de preços, o que arrastará, por tabela, o preço do etanol.

A dupla considera menos provável uma queda na cotação dos grãos. Além disso, a desvalorização do real dá um fôlego extra aos exportações de commodities agrícolas. O cenário para o algodão também é favorável.

Causa e consequência

Por isso, o BTG elevou o preço-alvo da Brasil Agro (AGRO3) de R$ 18 para R$ 22, e da SLC Agrícola (SLCE3) de R$ 22 para R$ 29. Ambas receberam recomendação de compra. Já a São Martinho (SMTO3) baixou de R$ 25 para R$ 21, com recomendação neutra.

“Acreditamos que os fundamentos para os produtores rurais oferecem uma proposta mais convincente de valor, sustentada por uma combinação de ótima previsibilidade das receitas e baixos riscos para os preços, o que se traduz em yields mais favoráveis de fluxo livre de caixa”, afirmam os analistas.

Das empresas mencionadas, o destaque do BTG Pactual é a SLC Agrícola, apontada como sua top pick (a favorita do banco).

Apesar da queda de 14% no valor dos papéis neste ano, a companhia é a “mais bem posicionada”, entre as cobertas pelo banco, para se beneficiar com a desvalorização cambial, a demanda resiliente por grãos e um cenário potencialmente mais construtivo no segundo semestre.

Esquecida pelo mercado

Os analistas acrescentam que a Brasil Agro é um “caso negligenciado” pelo mercado. Para a dupla, a empresa encontrou um balanço ideal entre a criação de valor e a geração resiliente de caixa.

São Martinho: usina de etanol é prejudicada pelos preços baixos do petróleo  (Imagem: vídeo institucional da São Martinho)

A Brasil Agro mantém um mix “perto do ideal” de destruição de suas terras, com cerca de um terço ainda não cultivado, um terço em desenvolvimento e um terço já maduro. “Vemos a empresa entregar outro ano de sonoros resultados, baseados na operação de grãos”.

Por fim, a São Martinho permanece numa confortável posição de liquidez, de acordo com o BTG, mas é prejudicada pelos baixos preços da gasolina (que são classificados como “persistentes” pelos analistas), o que pressiona o valor do etanol.

Tal conjuntura implica em espaço para rebaixar as projeções de lucro da empresa.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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