Market Makers

‘Buffett de Londrina’ dobra aposta em Bradesco (BBDC4), enquanto vê BB (BBAS3) com piora de cenário

25 ago 2023, 18:52 - atualizado em 25 ago 2023, 18:52

Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) são dois bancos com comportamentos antagônicos na bolsa. Enquanto o primeiro viveu um verdadeiro inferno astral, com piora de resultados e queda das ações, o segundo conquistou investidores, entregando uma rentabilidade maior que bancos privados.

Veja as cotações abaixo:

Porém, esse cenário pode estar prestes a mudar. Em episódio do Market Makers, Cesar Paiva, fundador da Real Investor, diz que apesar de ainda possuir Banco do Brasil na carteira, vê o cenário um pouco pior para estatal.

Paiva é fissurado em Warren Buffett e aplica value investing, estratégia de investimento que aposta no potencial de valor das empresas a longo prazo, com rigor.

“Dois anos atrás, o filme para Banco do Brasil era muito bom, negociando a metade do valor patrimonial, uma carteira muito boa, tinha nuvem preta que era questão da interferência política, que acabou não acontecendo”, relembra.

Ele observa que o BB entrega um ROE (retorno sobre patrimônio) maior do que o Itaú (ITUB4). Porém, algumas mudanças devem deixar o cenário mais nebuloso para a estatal.

“Vemos um governo que deve interferir um pouco mais, focar em algumas políticas que não sejam tão boas para o banco. Pode ser que o filme não seja tão bom. Nos ainda temos Banco do Brasil, achamos barato, mas a assimetria já não está tão clara”, argumenta.

Bradesco: É hora de comprar?

No caso do Bradesco, Paiva diz que elevou a participação no banco na carteira de 2% a 3% para em torno de 6%. A ação, hoje, é a maior posição do setor.

“Está negociando a 90% do valor patrimonial. Quase o mesmo preço que o Banco do Brasil e um desconto muito grande para o Itaú. Deve estar negociado a 5 vezes o lucro para o ano seguinte. Acho que ele não vai ficar tanto tempo tão barato”, argumenta.

Para 2024, o gestor vê uma foto ‘muito mais bonita’, com resultados mais ‘leves’.

“O banco não terá que fazer provisões adicionais e deverá se beneficiar com a queda da Selic. A seguradora já está voando, perante o último resultado. O banco está sendo mais disciplinado na concessão de crédito. […] O preço está muito aquém”, coloca.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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