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C&A, Lojas Renner, Soma e Vivara: só uma empresa brilhará no 1º trimestre

23 abr 2021, 15:38 - atualizado em 23 abr 2021, 15:42
SOMA3 Roupas Varejo
A XP afirma que uma empresa deverá apresentar resultados positivos, com crescimento de receita, melhora de rentabilidade e lucro positivo (Imagem: Unsplash/@stereophototyp)

A segunda onda da Covid, muito mais forte que a primeira, interrompeu a recuperação das varejistas e deverá pressionar os resultados do primeiro trimestre, aponta a XP Investimentos em relatório enviado a clientes.

De acordo com os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, as vendas mesmas lojas (SSS), indicador importante para o varejo, apresentará crescimento negativo devido as restrições impostas pelos governos estaduais.

“Mesmo assim, devemos continuar vendo um desempenho sólido no canal online, que deve ajudar a mitigar um pouco desse impacto”, ressaltam.

Porém, a XP afirma que uma empresa terá resultados positivos, com crescimento de receita, melhora de rentabilidade e lucro positivo: o Grupo Soma (SOMA3).

“Vemos o grupo como o destaque positivo no segmento de vestuário, uma vez que a performance do canal de atacado deve seguir forte, a performance do varejo deve seguir resiliente suportada pelo canal digital, a Farm Global deve se beneficiar da forte recuperação econômica nos EUA”, apontam.

Os analistas calculam crescimento de 15% nas receitas, com forte expansão de margem bruta de 5,5 pontos percentuais por conta de uma boa gestão de estoques e um Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 16 milhões, elevação de 144%.

Além disso, a empresa deverá reverter o prejuízo de R$ 43 milhões do ano passado e lucrar R$ 7 milhões neste ano.

O Grupo Soma divulgará seus resultados no dia 11 de maio.

Soma 1ºTri 21 A/A
Receita líquida R$ 339 mi 153%
Ebitda R$ 16 mi 144%
Lucro (prejuízo) R$ 7 mi

Vivará terá resultados mistos

Se por um lado a equipe da XP calcula uma alta de 5,5% na receita por outro vê uma queda de 66,9% no Ebitda da Vivara (VIVA3).

“Esperamos que as vendas mesmas lojas apresentem ligeira queda em 1,3%, enquanto a margem bruta deve ser levemente pressionada em 0,8 p.p, fechando o período em 65,6%, devido a custos pontuais de processamento mais elevados com o processo de integração da produção da marca Lif”, argumentam.

A Vivará deverá divulgar seus resultados no dia 14 de maio.

Vivara 1ºTri 21 A/A
Receita líquida R$ 218 mi 5,50%
Ebitda R$ 10 bi -66,90%
Lucro (prejuízo) R$ (0)

Lojas Renner sofrerá com a Covid

De acordo com o trio, a Lojas Renner (LREN3) deverá ter resultados mais fracos por conta dos aumentos da Covid.

Eles estimam que as vendas mesmas lojas terá queda de 9,6%, levando a uma retração de 15,5% de receita líquida, enquanto a margem bruta deve cair 0,69 p.p.

Coronavírus-Distrito Federal
Lojas fechadas vão atrapalhar resultados das principais varejistas brasileiras (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

“Estimamos um Ebitda ajustado (ex-IFRS) negativo em R$ 52 milhões, dada a menor alavancagem operacional, com nenhum desconto em despesas de aluguel e folha de pagamento como foi visto na primeira onda da Covid-19”, observam.

A Lojas Renner divulgará seus resultados no dia 6 de maio.

Lojas Renner 1ºTri 21 A/A
Receita líquida R$ 1,5 bi -15,50%
Ebitda R$ -52 mi 285,70%
Lucro (prejuízo) R$ (79 mi)

C&A: mais um resultado fraco

Nos cálculos dos analistas, a C&A (CEAB3) entregará mais um resultado fraco diante das restrições da Covid, além de uma confiança do consumidor mais fragilizada.

“Embora o canal online deva permanecer com um desempenho sólido, ele não é suficiente para compensar o impacto negativo do varejo físico”, apontam.

Com isso, eles preveem redução de 24,5% na receita líquida, enquanto o Ebitda ficará negativo em R$ 117 milhões, dada a pressão em margem bruta.

“Por fim, estimamos um prejuízo líquido consolidado de R$ 108 milhões, que se comparam com R$ 46 milhões no primeiro trimestre”, dizem.

A C&A divulgará seus resultados no dia 13 de maio.

C&A 1ºTri 21 A/A
Receita líquida R$ 738 mi -24,50%
Ebitda R$ -117 mi
Lucro (prejuízo) R$ (108 mi)

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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