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Café arábica recua na ICE em meio à queda do real no Brasil

02 mar 2021, 19:50 - atualizado em 03 mar 2021, 7:15
Café Grãos Agricultura Agronegócio
O contrato março do café arábica fechou em queda de 1,95 centavo de dólar (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker

Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE recuaram pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira, pressionados em parte pela desvalorização do real no Brasil, o que pode desencadear mais vendas por produtores no maior exportador global da commodity.

A moeda brasileira atingiu uma mínima de três meses nesta terça-feira.

Café

O contrato março do café arábica fechou em queda de 1,95 centavo de dólar, ou 1,4%, a 1,332 dólar por libra-peso, embora tenha se recuperado levemente da mínima de 1,3265 dólar vista na sessão.

Operadores destacaram que a desvalorização do real torna os preços em dólar mais atraentes para os produtores do Brasil, o que pode desencadear mais vendas.

“Fizemos alguns bons negócios”, disse a exportadora Comexim em nota, referindo-se a um mercado mais ativo no Brasil. “Mas os produtores parecem estar firmes nos preços que estão pedindo, que podem chegar a 800 reais por saca em qualidade padrão. Esses preços eram considerados irreais no passado recente.”

O mercado segue apoiado, no entanto, pela perspectiva de uma safra menor no Brasil neste ano.

“Acho que tanto tecnicamente quanto fundamentalmente o mercado tem um bom suporte. O Brasil terá uma safra muito menor no ano que vem. Não é uma grande novidade, mas acredito que isso está sendo subestimado em termos do quanto irá afetar qual deve ser o valor justo”, disse a Cardiff Coffee Trading em relatório.

O café robusta para maio recuou 15 dólares, ou 1,0%, para 1.450 dólares a tonelada.

Açúcar

O contrato maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,22 centavo de dólar, a 16,43 centavos de dólar por libra-peso, apurando o primeiro ganho nas últimas seis sessões, à medida que o mercado se consolida.

O açúcar branco para maio avançou 7,70 dólar, ou 1,7%, para 465,80 dólares a tonelada.

Operadores destacaram que os prêmios do açúcar branco se recuperaram nesta semana, após fraqueza recente.

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