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CDBs indexados ao IPCA pagando até 15% ao ano para aproveitar pelos próximos 12 meses

09 fev 2023, 15:50 - atualizado em 09 fev 2023, 15:50
CDBs
CDBs indexados à inflação estão pagando ao redor de 15% ao ano com vencimento de até um ano, já descontado o imposto de renda (Imagem: Pexels)

Quem empresta dinheiro para bancos e o recebe de volta com juros também pode ter os seus ganhos protegidos contra a inflação. Os CDBs (Cerificados de Depósitos Bancários) que são indexados ao IPCA estão pagando até 15% ao ano neste início de fevereiro, já descontado o imposto de renda.

O IPCA, que calcula a inflação oficial do Brasil, registrou uma alta de 0,53% em janeiro. Nos últimos 12 meses, o índice de preços ao consumidor acumula alta de 5,77%, ligeiramente abaixo dos 5,79% de dezembro do ano passado.

Mas isso não significa que a batalha contra a inflação tenha acabado, na visão de diversos economistas ouvidos pelo Money Times.

Na prática, isso significa que títulos de renda fixa indexados à inflação podem entregar rendimentos ainda maiores que os previstos no momento.

Os CDBs que são atrelados ao IPCA protegem o poder de compra do investidor, enquanto os CDBs indexados ao CDI acompanham a variação da taxa Selic, que tem perspectiva de fechar em queda 2023, passando de 13,75% para 12,50% ao ano, de acordo com o relatório Focus.

Mercado primário e secundário

Os títulos de renda fixa no mercado primário são os recém-emitidos pelas empresas e podem apresentar um rendimento inferior na comparação com os títulos no mercado secundário.

No mercado secundário de renda fixa, o investidor encontra títulos com vencimentos mais curtos e chance de retorno maior, enquanto houver oferta daquele produto na corretora. Os valores mínimos para investir no mercado secundário podem ser mais elevados do que no primário.

O melhor horário para acessar o mercado secundário é logo após a abertura do mercado às 10h (horário de Brasília) dentro das próprias corretoras e bancos.

Na sequência, os títulos de renda fixa com melhor prêmio de risco rapidamente se esgotam, a depender da oferta e demanda pelo título que foi relocado a negociação pela corretora, após um primeiro investidor ter vendido o papel antes do vencimento.

CDBs para o curto prazo

Money Times apurou que os CDBs indexados ao CDI com as taxas de rentabilidade líquidas mais expressivas nos mercados primário e secundário de renda fixa giravam ao redor de 15% ao ano, com prazos de vencimento de até 12 meses para o resgate, de acordo com dados do TradeMap.

Investimento Rentabilidade Taxa de carrego Aporte mínimo (R$) Corretora
CDB – BTG Pactual 15,08% IPCA + 9,51% 5.000,00 Nova Futura
Vencimento Ganho na CDB (R$) Ganho na Poupança (R$) Taxa de Imposto de Renda
09/02/2024
5.762,28 5.394,33 17,50%
Investimento Rentabilidade Taxa de carrego Aporte mínimo (R$) Corretora
CDB – BRK Financeira 14,23% IPCA + 8,53% 5.000,00 Nova Futura
Vencimento Ganho na CDB (R$) Ganho na Poupança (R$) Taxa de Imposto de Renda
05/02/2024
5.712,53 5.391,07 17,50%
Investimento Rentabilidade Taxa de carrego Aporte mínimo (R$) Corretora
CDB – Daycoval 14,08% IPCA + 8,38% 20.000,00 Nova Futura
Vencimento Ganho na CDB (R$) Ganho na Poupança (R$) Taxa de Imposto de Renda
09/02/2024
22.844,70 21.577,33 17,50%
Investimento Rentabilidade Taxa de carrego Aporte mínimo (R$) Corretora
CDB – Banco Master 13,98% IPCA + 8,24% 500,00 Nova Futura
Vencimento Ganho na CDB (R$) Ganho na Poupança (R$) Taxa de Imposto de Renda
09/02/2024
570,58 539,43 17,50%
Investimento Rentabilidade Taxa de carrego Aporte mínimo (R$) Corretora
CDB – Banco Caixa 13,81% IPCA + 8,05% 10.000,00 Nova Futura
Vencimento Ganho na LCI (R$) Ganho na Poupança (R$) Taxa de Imposto de Renda
10/03/2024
11.521,67 10.857,40 17,50%

Os preços e as taxas dos CDBs foram consultados no dia 9 de fevereiro de 2023. Os valores podem oscilar em razão da marcação a mercado diária, até o vencimento de cada certificado bancário, além da variação dos indexadores CDI e IPCA ao longo do tempo.

Outra forma de fazer dinheiro na renda fixa, além de segurar o título até o seu vencimento, é vendê-lo antecipadamente quando se tem clareza do ciclo de queda da taxa Selic, momento em que os preços dos títulos sobem e o investidor tem a chance de vender com lucro.

É possível que o investidor venda um CDB antes do prazo de resgate (vencimento) no mercado secundário, mas não há garantia de que haverá lucro ou prejuízo na operação, a depender de quanto o mercado está disposto a pagar pelo título bancário no momento.

Todos os CDBs mencionados na matéria têm a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), protegendo aplicações de até R$ 250 mil por investidor a cada banco ou financeira.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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