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Ciclo de alta das commodities: BTG sugere aumentar exposição e revela ação favorita

03 jun 2022, 13:09 - atualizado em 03 jun 2022, 13:09
Minério de ferro
Preços das commodities devem receber suporte em níveis mais fortes e com maior duração de tempo, avalia BTG (Imagem: Reuters/David Gray)

O time de análise do BTG Pactual (BPAC11) reforça sua visão otimista sobre as commodities, em relatório divulgado na quarta-feira (1º).

Analistas indicam, ainda, aumentar a exposição a commodities, tendo em vista o cenário de inflação alta. Na avaliação do banco, o mercado parece ignorar a dinâmica que se instaurou no mundo.

“Esperamos que os preços das commodities continuem recebendo suporte por balanços de oferta e demanda bastante apertados e pressões inflacionárias acumuladas que o mercado parece estar ignorando”, afirmam Leonardo Correa e Caio Greiner, responsáveis pelo relatório.

Para o BTG, os preços das commodities devem receber suporte em níveis mais fortes e com maior duração de tempo. O banco acredita que analistas precisam ajustar os modelos para incluir níveis de precificação de longo prazo ainda maiores que os que foram definidos anos atrás.

“Os mercados estão penalizando significativamente os produtores de commodities ao usarem antigas referências de preços de longo prazo nessa nova (e inflacionária) ordem global”, dizem Correa e Greiner.

Os analistas pontuam que os preços usados pelo mercado (minério de ferro a US$ 68-70/t; celulose a US$ 550/t a tonelada; cobre a US$ 3/lb) estão abaixo dos níveis de preços de incentivo que encorajaria nova oferta e garantiria TIRs (taxas internas de retorno) desalavancadas mínimas acima de 10-12%.

“Olhando para Vale (VALE3), o custo entregue à China subiu de US$ 30/t em 2017 para aproximadamente US$ 50/t nos dias atuais. Se você olhar para o negócio de minério de ferro da CSN (CSNA3), os custos entregues poderiam estar acima de US$ 65/t atualmente (apenas o frete de Tubarão-Qingdao está por volta de US$ 40/t), de nossas expectativas de ~US$ 40/t alguns anos atrás”, destacam os analistas. No caso da Suzano (SUZB3), eles comentam que os custos subiram de R$ 600/t para algo em torno de R$ 900/t.

Como se posicionar

O BTG vê mais caminho para o ciclo de alta das commodities e acredita que uma normalização significativa da cadeia deve demorar anos para se materializar.

Vendo que os investidores continuam com menos posição do que o esperado, os analistas enxergam uma oportunidade para construir posições (ainda mais agora, com a reabertura da China após meses de lockdown em algumas regiões do país).

A Vale é a ação top pick do banco, sendo negociada perto de 3 vezes Ebitda para 2022 e com expectativa de retorno aos acionistas próximo a 20% no ano.

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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