Cidades

Cidades do Rio têm falta de energia e água em tarde com calor recorde

03 out 2020, 15:47 - atualizado em 03 out 2020, 15:47
Rio de Janeiro Comércio Varejo
A suspensão dos serviços levou o nome da distribuidora de energia que atende a maior parte das áreas afetadas, Enel, aos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil na noite de sexta-feira (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

Uma falha em uma subestação de energia gerou blecautes em diversas áreas do Rio de Janeiro a partir do fim da tarde de sexta-feira, dia em que o Estado teve recorde de calor, com a falta de eletricidade afetando também o abastecimento de água em alguns municípios.

Os problemas iniciaram-se em três subestações da estatal Furnas, da Eletrobras (ELET3;ELET5;ELET6), disse o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que registrou “uma série de desligamentos” no Rio desde as 16:57.

A interrupção no fornecimento tirou de operação o sistema de abastecimento de água Imunama-Laranjal, o que afetou os municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e Ilha de Paquetá, disse a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).

A sexta-feira, quando ocorreram os problemas de fornecimento de água e energia elétrica, registrou recorde de temperatura para o Estado do Rio, com 43,6 C às 15h30 em Irajá, de acordo com o serviço municipal Alerta Rio, que começou suas medições em 2014. A maior marca anterior era de 42,9 C em Guaratiba em 31 de dezembro de 2016.

A suspensão dos serviços levou o nome da distribuidora de energia que atende a maior parte das áreas afetadas, Enel (ELPL3;ELPL4), aos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil na noite de sexta-feira.

“Assim fica difícil. Um calor de assar, sem luz e sem água. E ainda pandemia…”, reclamava uma usuária, Tathi Faria, de Rio das Ostras.

A Enel atribuiu a queda de energia a uma “falha no sistema” de Furnas, com impactos sobre “alguns municípios nas regiões dos Lagos, Serrana e Norte do Estado”.

“O serviço foi normalizado gradativamente e a energia foi restabelecida integralmente para todos os clientes ainda na noite de sexta-feira”, acrescentou.

O ONS disse que os efeitos foram sentidos em cidades na Baixada Fluminense, região dos Lagos e serrana, e que posteriormente foram interrompidos 50 megawatts de carga na região da Zona da Mata mineira.

“O atendimento às cargas foi retomado ao longo do período e encontra-se totalmente normalizado. O ONS está trabalhando junto com os agentes envolvidos na ocorrência para identificar as causas dos desligamentos.”

Procurada, Furnas não respondeu de imediato. No Twitter, a empresa disse que “identificou falhas nas Subestações Rocha Leão, em Rio das Ostras, Imbariê, em Caxias, e São José, em Belford Roxo”.

“A empresa manteve equipes atuando na recomposição do sistema elétrico na região. As causas da ocorrência estão sendo apuradas.”

“Na manhã deste sábado, a linha de transmissão 138 kV Vilar dos Teles / São José / Rio Cidade foi energizada, propiciando que as distribuidoras possam normalizar o sistema de abastecimento de energia a municípios do estado do Rio de Janeiro”, acrescentou, depois.

Os serviços de água também já foram retomados, segundo a Cedae.

São Jose dos Campos

Cidades na região de São José dos Campos, em São Paulo, foram outras que sofreram com interrupção de fornecimento, de quase uma hora, na noite de sexta-feira, quando o Estado também registrava forte calor.

O problema teve origem em “um incêndio em uma subestação” de energia da empresa de transmissão Cteep (TRPL4), com o os serviços afetados entre 21h06 e 21h50, disse a EDP Brasil, responsável pela distribuição de energia na região.

“A EDP ressalta que está acompanhando o caso e dando todo o suporte para a CTEEP”, afirmou a empresa em nota.

“A ISA CTEEP informa que está apurando as causas do ocorrido. A interrupção teve início às 21h06, o processo de restabelecimento se iniciou às 21h11 e fornecimento foi totalmente normalizado às distribuidoras locais às 21h50”, disse a transmissora.

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